“DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor”
na sua área de residência, revela o inquérito da PROTESTE a 2900 pais. O Algarve é a zona com piores resultados. A falta de vagas e o custo elevado são as razões apontadas por grande parte para não colocarem os filhos em creches e jardins-de-infância.
> Cerca de 2 em 5 famílias com crianças em creches garante que este encargo é uma parcela importante nas finanças. Por criança, gastam um valor de referência mensal de € 150 numa creche e € 110 num jardim-de-infância. Mas o custo chega a ultrapassar, em Lisboa, os € 300 mensais. Em 80% dos casos,
os pais inscrevem os filhos antes de começarem a frequentar a instituição, em média, 5 meses antes.
> Metade das mães inquiridas ficou 5 meses em casa com o bebé, com salário reduzido. No regresso ao trabalho, 20% enfrentaram problemas: 9% sentiram hostilidade do chefe ou colegas, enquanto 7% não usufruíram das horas de amamentação a que têm direito.
> Mais de 30% das crianças permanecem mais de 9 horas na creche, o que é sinónimo de mais tempo em frente do ecrã. Nas creches, mais de 70% vê televisão e tal acontece quase todos os dias para mais de metade. Nos jardins-de-infância, a esmagadora maioria (90%) vê televisão e, segundo os pais, esta rotina é quase diária para 43 por cento.
> A DECO reivindica que as creches e jardins-de-infância, públicos ou privados, devem estar sob a alçada do Ministério da Educação. As creches, à semelhança de outros países europeus, como Espanha, Dinamarca, Finlândia e Suécia, devem deixar de ser encaradas apenas como um serviço social.
Segundo dados de 2008 do Ministério do Trabalho e Segurança Social, a cobertura de creches e amas era de 30% e a dos jardins-de-infância, de 77 por cento. Esperamos que a promessa do Governo em aumentar a cobertura nacional não se fique pelas boas intenções. Além do bem-estar das crianças,
está em causa o desenvolvimento do País.
Para saber os pontos a ter em conta na escolha de um estabelecimento, visite o portal www.deco.proteste.pt/crechesejardins.