Presente na cerimónia esteve a mais alta representante da área educativa no país, a Ministra da Educação, Isabel Alçada, que veio também realçar a parceria do Ministério com as autarquias para o reforço do parque escolar do país.
“Esta será uma escola completa!”. Foi assim que a responsável governamental caracterizou o futuro estabelecimento de ensino que irá integrar as componentes de pré-escolar (três salas de aula) e de primeiro ciclo (8 salas de aula). Localizado numa zona nobre da cidade em franca expansão, o edifício terá uma área de implantação de 4.006,45m2 e será constituído por dois pisos.
No projecto deste estabelecimento de ensino foi adaptado um modelo educativo que pretende criar um edifício que, mais do que uma escola, seja também um equipamento que sirva toda a comunidade da Fonte Santa, na vertente cultural e de lazer, com reflexos quer nos espaços interiores, com a criação de espaços destinados à comunidade, como nos exteriores, com a proposta de um ginásio coberto. A área destinada exclusivamente à escola pode ser encerrada para que, assim, os restantes espaços funcionem em qualquer horário.
Refeitório, salas polivalentes, bufete, biblioteca/informática, biblioteca/arquivo de documentação acessível à população, sala comunitária, bem como uma zona destinada à comunidade, e até uma horta pedagógica são alguns dos espaços previstos.
Em termos das actividades desportivas, destaca-se a criação de um campo de jogos descoberto e ginásio coberto que, quando utilizado pela comunidade, o seu acesso será efectuado através de uma entrada independente, directa do exterior (rua existente) que permite o uso deste espaço sem interferir com as restantes zonas da escola.
O edifício vai obedecer a uma linguagem contemporânea, que se coaduna com toda a área envolvente. Aliás, a modernidade será uma das imagens de marca da escola não só do ponto de vista estético mas também funcional já que estará adaptado às actuais necessidades de ensino.
Este investimento orçado em cerca de 4 milhões de euros, terá um prazo de execução de um ano e meio.
Mais de 27 milhões de euros investidos na Educação em Loulé
No lançamento de mais uma obra de uma escola no Concelho de Loulé, o edil Seruca Emídio reiterou a ideia de que a Educação tem sido “um eixo prioritário e uma trave-mestra do desenvolvimento do Concelho”. Aliás, esta tem sido consecutivamente uma das três principais rubricas orçamentais do investimento da Câmara Municipal.
Assim, nos últimos 8 anos, a Autarquia tem feito”um esforço imenso para dar resposta às necessidades do Concelho e, muito particularmente, das freguesias de Quarteira e de Almancil”, considerou o autarca que anunciou um valor total de 27,1 milhões de euros na construção e requalificação de escolas, com uma comparticipação da Câmara de 19,5 milhões de euros.
Sete novas escolas – EB 1/JI Hortas de Santo António (Loulé), EB 1/JI Abelheira (Quarteira), recuperação da EB 1/JI Dnª Francisca de Aragão (Quarteira), Centro Infantil de Alte, Pré-Escolar de Almancil, Pré-Escolar de Salir e Escola Profissional de Alte – que tiveram um investimento de 10 milhões de euros, dos quais 5,3 milhões de euros com um financiamento da Câmara, são o lado mais visível desta aposta.
Neste momento estão em ampliação nove escolas, no valor total de 4,8 milhões de euros, do qual a Câmara comparticipa com 4,2 milhões de euros.
Quanto a novas construções, a par da Fonte Santa, estão já em fase de execução e/ou conclusão as escolas do primeiro ciclo com jardim-de-infância de Vale de Rãs (Loulé), Almancil, Benafim e S. João da Venda, no valor total de 8,5 milhões de euros, com uma comparticipação do Município de 6,2 milhões de euros.
Mas Seruca Emídio deixou ainda outros indicadores que manifestam este olhar atento na área educativa: 83 professores nas actividades de enriquecimento curricular (Loulé foi dos primeiros municípios a “responder ao desafio para contratar novos professores”), e 80% da cobertura do ensino pré-escolar.
Também na área de apoio à primeira infância, o edil referiu o pioneirismo do Concelho a que preside, reportando-se à concretamente à criação da creche do Centro Autárquico de Loulé, que entrou em funcionamento em Outubro. “Apesar das creches não serem uma responsabilidade directa das câmaras, devemos ser dos únicos municípios do país que construímos creches municipais. Temos assumido responsabilidades que não são, efectivamente, da nossa responsabilidade”, afirmou ainda.
Quanto à Escola Básica da Fonte Santa, o autarca referiu que, tanto esta como uma outra escola projectada para Vilamoura, irão dar resposta às necessidades que ainda existiam em Quarteira em matéria de cobertura do ensino pré-escolar e primeiro ciclo. “Quarteira bem merece porque, a nível do Algarve, é a freguesia com maior índice de natalidade, a par de Almancil”, frisou.
Por último, o responsável municipal considerou ser necessária uma atenção muito especial relativamente à oferta educativa, sobretudo devido às diferentes nacionalidades dos alunos. “Temos no nosso Concelho um grande dinamismo que atrai uma grande quantidade de pessoas, há muita imigração dos países de Leste e de outros lados que aqui encontram emprego e sustentabilidade para a sua família. Temos de estar alertados e sensibilizados para este tipo de questões porque a complexidade da necessidade de respostas é imensa. A escola de Almancil tem mais de 20 nacionalidades de alunos e isto exige uma flexibilidade muito grande, para que tenhamos famílias mais consolidadas, pessoas melhor formadas, para que possamos dar o apoio que eles merecem”, explicou.
Já o presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, José Coelho Mendes, foi peremptório ao referir que, a partir de agora, os alunos de Quarteira “estarão em pé de igualdade e terão as mesmas oportunidades de educação que os outros jovens do país”, considerando ainda a falta de escolas que durante anos penalizou os alunos.
Autarquias e Ministério unem esforços
Tomando o caso de Loulé como “um bom exemplo”, Isabel Alçada quis deixar claro o bom entendimento entre os municípios e o Ministério a que preside no lançamento de “projectos que abram melhores perspectivas para o futuro das novas gerações e para os adultos que podem confiar nestas instituições de ensino público”. Assim, a par da Escola Básica da Fonte Santa referiu o lançamento de 400 centros escolares em todo o país.
Também a reabilitação das escolas secundárias, através da empresa Parque Escolar, e dos estabelecimentos de ensino do 2º e 3º ciclos, que entretanto passaram para a competência das câmaras, se inserem “num esforço conjunto entre o Ministério e as autarquias”.
Leitura, desporto, música, inglês são algumas das actividades básicas que a Ministra considerou como fundamentais para “dar o melhor para as nossas crianças que passa por uma escola a tempo inteiro, em que elas possam beneficiar de tudo aquilo que nós hoje, no século XXI, sabemos que é indispensável para uma educação e uma aprendizagem efectiva, para um desenvolvimento equilibrado e abertura de espírito”.
“É bom ver que as autarquias assumiram tão plenamente o que é educar e investiram plenamente na Educação”, concluiu.