“Aditivos alimentares”
Há centenas de aditivos alimentares autorizados na União Europeia: antioxidantes, conservantes, corantes e edulcorantes, só para citar algumas classes mais conhecidas. Habitualmente são substâncias com ou sem valor nutritivo não consumidas ou usadas como ingredientes, mas adicionadas intencionalmente aos alimentos para conservar, dar cor ou conferir sabor, entre outros objetivos tecnológicos.
No entanto, nem todos os aditivos são inofensivos. Alguns provocam efeitos secundários que se manifestam por problemas digestivos, alterações na pele, rinite ou crises de asma. Os mais prejudiciais podem até alterar o comportamento das crianças ou ter efeitos cancerígenos.
Consideramos que os aditivos só deveriam ser utilizados quando não há dúvidas sobre a sua segurança e quando são a única via para uma necessidade da indústria. Os aditivos não podem servir para induzir em erro e devem trazer benefícios para o consumidor. Mas não é raro encontrarmos, nos nossos testes, produtos com aditivos desnecessários ou enganosos.
Quanto mais colorido, transformado ou elaborado for o alimento, maior a probabilidade de conter aditivos. É o caso de produtos de confeitaria e pastelaria, charcutaria, molhos e condimentos, refeições preparadas, refrigerantes, bebidas alcoólicas, entre outros.
Para diminuir a ingestão de aditivos, é decisivo ler os rótulos. Os aditivos identificam-se pela classe funcional a que pertencem (edulcorante, por exemplo), nome (acessulfame K) ou código atribuído (E 950).
Certos aditivos podem exigir menções complementares é o caso, por exemplo, de produtos que incluam os corantes E 102, E 104, E 110, E 122, E 124 ou E 129, cujos rótulos têm de alertar “(nome ou código do corante) pode causar efeitos negativos na atividade e atenção das crianças”.
Assim, aconselhamos o consumidor a variar a alimentação e preferir os alimentos simples e menos sujeitos a transformações industriais.