Em nove edições de Festival Med não há memória de uma tão curta como a de 2012. Ainda assim, em tempos de contenção e crise, a nona edição do Festival Med registou duas noites de casa cheia. Veja algumas imagens deste evento, aqui.
O certame realizou-se esta sexta e sábado, dias 29 e 30 de junho , no centro histórico de Loulé e registou a afluência de 12 mil pessoas. A abrir o evento esteve a Orquestra do Algarve no primeiro dia, seguida dos espanhóis Red Folk, dos Portugueses Blue Dot, A Jigsaw e Paus, sendo que estes últimos registaram uma grande força em palco o que arrastou centenas até ao Palco da Cerca. A banda composta por Hélio, João, Quim e Makoto estreou-se a sul e demonstraram muita garra e humildade em palco.
A noite seguiu-se com os Senegaleses Cheikh Lô, os portugueses Throes + The Shine, o grandioso projeto A Curva da Cintura com Arnalso Antunes, Toumani Diabate e Edgard Scandura que reune sons do Brasil e Africanos. Depois seguiram os SMOD do Mali e o DJ português Irick no Palco do Castelo.
O segundo dia de festival abriu com o Agrupamento de Música de Câmara na Igreja da Matriz e seguiu-se pela noite dentro com os espanhóis The Mencial Project, Shella Na Gig, Norberto Lobo e A Caruma, os quais mantiveram o público bastante alegre durante toda a sua atuação . A banda composta por Carlos Martins, Ana Santo, Rui Costa, Pedro Santos e José Carlos fez questão de manter sempre uma grande interação com o público e contagiar até ao fim, todos com a sua boa disposição.
A noite continuou com Jamaican Legends no Palco da Matriz onde mal se podia circular, devido ao enorme número de interessados em ver o grupo Jamaicano, e um pouco mais tarde, os portugueses You Can’t Win Charlie Brown. O Palco da Cerca também se encheu para ver Boubacar Traoré do Mali mas o momento alto da última noite foi mesmo comandado pelo brasileiro Sany Pitbull onde durante mais de duas horas, surpreendeu tudo e todos com a sua estonteante atuação de funk eletrónico.
Uma mistura do eletro alemão, com influências de rap norte-americano e com uma forte componente da cultura popular do Rio de Janeiro, Sany Pitbull deu a conhecer a Portugal, o funk carioca. Os últimos a atuar foram os portugueses Club Conguito no Palco do Castelo.
Para Joaquim Guerreiro, Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Loulé e programador do festival defendeu que “esta edição foi uma das mais intensas de todo o Festival Med. Contou-se com a estreia mundial do projeto A Curva da Cintura que reúne três grandes mestres da World Music, algo inédito no mundo dos festivais, bem como com a passagem da tournée dos Jamaican Legends, que nos trouxe quatro lendas vivas do reggae jamaicano. Estes dois acontecimentos são para Loulé e para o MED um privilégio”.
Loulé voltou a encher-se com sonoridades da World Music, assim como a gastronomia, artesanado e exposições voltaram a encher de cores e sabores a cidade mais visitada do Algarve no último fim de semana .
Sara Alves
