Bem cedo este ano a Páscoa, já no fim de Março – são as amêndoas da Páscoa também por cá à venda, que nos fazem relembrar da terra das origens. Para gente Algarvia não esquecem-mos momentos de excitação na infância de outros tempos quando víamos as cores das amêndoas da Páscoa e tanto mais saboreá-las.
Da Primavera por aqui, sempre tenho-a considerado mais a sério no palco da natureza mais de três semanas após ter começado no calendário. Deste ano falta algum tempo mas esperamos que seja parecido, em princípio vai-se aquele friozinho de Inverno, e já não haverá neve. A verdura pelos campos vai aumentando e vão aparecendo mais flores a desabrochar.
A recuperação das folhagens intensifica-se com as aragens Primaveris e mais Sol. As aves chilreiam vivamente, e nos seus febris voos andam numa azáfama pelo amanho e fazer dos seus ninhos, ajudam, compõem cenas da natureza.
Na realidade, na Primavera redobram-se alegrias, renascer e rejuvenescer são uma constante, enquanto não faltam temas musicais alusivos à época. E para quem escuta Mozart, segundo analistas poderá sentir-se estimulado para aprender. Daí eu julgo que isso reflete-se na imaginação em qualquer altura do ano, embora em época de Primavera poderá ter mais influência.
Vendo a tradição pascal que se aproxima, vamos então festeja-la pelo melhor possível – nunca lhe falta bons folares feitos com primor, e mesmo na sua diversidade de datas de ano para ano a Páscoa está sempre na Primavera.
Não lhe poderia calhar melhor como grande Símbolo da Ressurreição.
Ireneu Vidal da Fonseca
Massachusetts
U.S.A.