Foi num desses páras e anda do trânsito, que no dia 4 de Julho de 2007, repentinamente surgiu-me a ideia de fazer uma exposição fotográfica, acerca das paradas na América, mais concretamente de Rhode Island, e Massachusetts.
A exposição teve lugar em tempo de outono de 2008, na junta de freguesia de Sta. Bárbara de Nexe, no Algarve. Seleção de fotografias de paradas do dia de Portugal. Do 4 de Julho. Da festa dos madeirenses , em New Bedford. Cortejo etnográfico de Fall River. Entre outras, a dos irlandeses, e do dia dedicado a Cristóvão Colombo. Foi partilha com o público, através da imagem fotográfica de momentos vividos entre a arte, a cultura, e a história.
Passou mais de uma semana, e disse a alguém influente da terra, que infelizmente já cá não está. Respondeu-me calmamente, porque é que não disseste que ías fazer isso? Não calhou. Mas certamente que o meu pensar foi de que diriam, ele está a querer elogiar-se, com coisas da outra banda do Atlântico!
Sempre admirei estes desfiles, pois cada qual têm as suas mostras, marcam e mostram em plena rua, o multicultural da chamada Beautiful América. De gente oriundas de todo o mundo, que para aqui trouxeram, trazem costumes, crenças, hábitos, e portadores de histórias, a fundirem-se nas três cores americanas, onde nas festas, não lhe faltam balões músicas e danças, e seus comes e bebes.
Como habitualmente, a parada do 4 de Julho, em Bristol, este ano a 231, teve muito simbolismo militar, este ano mais carregada nesse aspeto, derivado ao acumular do envolvimento norte-americano, pelas mais variadas partes do globo, principalmente desde os principios dos anos quarenta.
Modernidades, e velharias com histórias de muitas décadas, sobretudo nos automóveis, como tradicionalmente foram presença forte nesta parada do 4 de Julho, como aliás em muitos eventos deste tipo na América.
Enquanto os políticos, com seus conhecimentos e a pensarem no voto, açenavam, alguns cumprimentavam. E mais as jovens que souberam, têm cultura que as levou a vencer concursos de beleza, sorriam, açenavam à passagem, encaravam o público de boa maneira, porque é mesmo disso que o mundo precisa, não se deve esquecer.
Ireneu Vidal da Fonseca
Massachusetts
U.S.A.