Dia da Ilha da Culatra sem Entidades Publicas ou representantes politicos

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No dia 19 de julho, a Associação de Moradores da Ilha Culatra celebra o seu vigésimo nono aniversário.

Sobre este aniversário, Sílvia Padinha, presidente da direção da associação, refere que, “na sua criação, foi assumido entre outros compromissos para com a população, a missão de lutarmos pelo reconhecimento/ legalização da “Aldeia da Culatra” e implementação de infraestruturas que possibilitem a melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes e de todos quantos ao longo do ano nos visitam, defender a identidade cultural desta comunidade piscatória, preservando e defendendo os laços com o passado e a defesa do meio ambiente, por forma a garantir a sua sustentabilidade económica.

A Associação, é quem representa a capacidade de mobilização dos habitantes da Culatra, relativamente à defesa dos seus mais legítimos interesses, enquanto cidadãos nacionais, em paridade com os demais”;

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Nesta nota de imprensa, enviada à comunicação social, a Associação de Moradores da Ilha Culatra, acrescenta:

“Ao longo dos 29 anos de existência, a AMIC sempre trabalhou em conjunto com as várias Entidades quer a nível local, quer a nível central, sendo tradição, que nesta data comemorativa, todas as Entidades partilhavam com a população os resultados do trabalho realizado, culminando com as respetivas inaugurações. Foi assim com a Energia Elétrica, Agua Potável, Escola, Centro Social, Rede de Passadeiras, Porto Abrigo, Pista de Aterragem para Helicóptero de Emergência Medica e outras infraestruturas de apoio á população.

Estes valores fundamentais de vida, só foram obtidos pela persistente luta reivindicativa e democrática da comunidade.

Do muito trabalho realizado, a obra está à vista e a “Aldeia da Culatra” foi sendo progressivamente implementada com mais e melhores serviços e estruturas de apoio ao desenvolvimento social.

Em representação dos habitantes da Culatra a AMIC, sempre esteve disponível e teve a preocupação de participar ativamente em todas as decisões administrativas que, direta ou indiretamente os poderiam afetar, nomeadamente tomando posição na discussão publica do POOC e da POLIS e com base nas medidas contidas nesses planos, criou-se expectativas de que, por via das mesmas, a situação da Culatra fosse definitiva ou substancialmente regularizada. Ao invés tudo permanece na mesma e a falta de regulamento próprio está a por em causa todo o trabalho realizado.

Nos últimos anos foram muitas as promessas feitas por todas as forças politicas, e o povo da Culatra acreditou e criou expectativas de que a sua situação administrativa seria regularizada e resolvida, virando-se definitivamente a página da incerteza quanto ao reconhecimento devido da “Aldeia da Culatra”, regularização esta que se pretendia anunciar nesta data, infelizmente e pelo contrário, o que se pode constatar é que a Ilha da Culatra foi abandonada pelo poder local e pelo poder central e assim sendo, a única coisa que se pode anunciar no dia 19 de Julho de 2016, é que as infraestruturas e o espaço publico está ao abandono, a Culatra sem Estatuto jurídico/administrativo e entregue a si própria.

Nesse sentido e uma vez que está em causa a vida das pessoas e correspondentes direitos fundamentais, este ano, a Associação decidiu festejar esta data única e exclusivamente com a população, não convidando para o evento qualquer Entidade Publica ou representante politico, como forma de protesto, manifestando assim o descontentamento da população.

Estamos e sempre estaremos disponíveis para participar ativamente no encontrar de soluções na defesa e continuidade desta Comunidade e apoiar incondicionalmente quem connosco partilhe deste objetivo”.

Fonte: AMIC

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