Solta-mente: “Que viaje pela EN125 quem está a beira da loucura”.

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O assunto não é novo, mas é actual. A Estrada Nacional 125 já foi ajeitada, remendada, prometida de reformular e continua o mesmo buraco semi – alcatroado de sempre. Estamos assim: a artéria sem portagens que une a região algarvia é uma das estradas mais perigosas do país. Não compreendo como pode ser considerada uma alternativa viável. “Viável” é outra coisa. Não é isto.

De Tavira até Olhão, apesar de rotundas e controlos de velocidade, o que se vê? Nada! De noite, está às escuras. Os buracos não se vêem, mas sentem-se. É difícil encontrar a estrada no meio deles. De Olhão até Faro, a coisa ficou com a cara mais lavada, com os novos acessos – os mesmos que demoraram décadas, provocando filas tão intermináveis como a dívida dos países “periféricos”.

E depois, temos coração optimista e queremos acreditar. Queremos crer que com tanto turismo “na banda de lá”, a partir de Faro… Albufeira deve estar melhor, pensamos. Pensamos mal. Parece que está em reconstrução pós-guerra.

A Estrada Nacional 125 é uma amálgama de maus resultados. Bermas, buracos, obras, rotundas, mini rotundas, mas sempre a mesma coisa: uma estrada perigosa.

Nem a arte moderna dentro das rotundas disfarça que a água não escoa, os tampões sobem, os buracos enchem, os transeuntes molham-se, não se vê nada (inclusivamente em zonas de passagem de peões) e não vale a pena olhar para o lado. Ao lado acumula-se o lixedo como concorrência direta a tudo aquilo que se imagina que possa vir caber no centro de uma rotunda.

É esta a “alternativa” às portagens na A22. Quem não pode pagar, sujeita a própria vida e calhembeque a isto. Tem mais pontos negros que um rosto de adolescente imberbe (com todo o respeito pelos mesmos… e mesmas, pois sabemos que é apenas uma fase). Péssimos acessos, visibilidade nula e fraca mobilidade. Temos de viver nisto todo o ano, enquanto em tempo estival tentamos explicar o inexplicável aos pobres que não percebem lá muito bem como se pagam as portagens, ou porque é que temos uma Estrada Nacional naquelas condições. E temos de o fazer em várias línguas diferentes.

Que viaje pela EN125 quem está a beira da loucura. Quem não está, fica. E quem passa, pode por lá ficar, sem ver bem como.

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