Estudo pioneiro sobre sucesso dos tratamentos com óvulos doados

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  • Um estudo sobre Imunologia, aplicado à procriação medicamente assistida elaborado, entre outros, pela Dra. Diana Alecsandru, do IVI Madrid, será apresentado no 7th International IVI Congress
  • O estudo revela a importância de alinhar imunologicamente todos os protagonistas presentes no tratamento de PMA com óvulos doados
  • As conclusões da investigação realizada pelo IVI permitem minimizar adversidades que ocorrem ocasionalmente ao unir gâmetas de pacientes incompatíveis geneticamente

BILBAO, 15 DE MAIO DE 2017

Uma das características da raça humana é a sua capacidade de adaptação. A evolução, a melhoria da espécie e a luta contra as adversidades … para perdurar no tempo e no universo. Quantas vezes ouvimos dizer que “o corpo humano é muito inteligente”. Hoje mediante a imunologia, uma das áreas da medicina mais vanguardistas, o IVI tem oportunidade de confirmar esta reivindicação ancestral.

Falhas de implantação, abortos recorrentes e pré-eclâmpsia são algumas das complicações, às vezes sem resposta, nos tratamentos com ovócitos doados, cuja a origem, em muitos casos, é imunológica. O IVI após mais de dois anos de investigação, teve oportunidade de apresentar um estudo inovador sobre imunologia no 7th International IVI Congress de Bilbao.

A investigação, levada a cabo, entre outros, pela Dra. Diana Alecsandru, imunologista do IVI Madrid, consistiu num estudo, com uma amostra de 204 pacientes, no qual se identificou e classificou todos os fatores imunológicos que podem interferir no tratamento com ovócitos doados (mãe, companheiro, dador, filhos nascidos previamente, tecido de aborto se este tiver ocorrido, etc.).

A nível uterino, todas as mulheres dispõem de determinadas células com uns recetores chamados KIR; entre eles existem três grandes grupos genéticos (KIR AA, KIR AB y KIR BB). Estes recetores são os encarregados de reconhecer a parte estranha do embrião. Na reprodução assistida com óvulos próprios e na reprodução espontânea, estes recetores somente identificam uma parte estranha, quer dizer, a paterna. Por outro lado, nos tratamentos com ovócitos doados reconhecem-se duas partes alheias, a paterna e a da dadora, podendo aumentar o número de partes não reconhecidas, se considerarmos a transferência de mais de um embrião.

Todos os seres humanos dispõem de uns antígenos las células denominadas HLA-C, que se dividem em dois grandes grupos HLA-C1 e HLA-C2. Uma denominação genética parecida a que se pode dar, por exemplo, entre os diferentes grupos sanguíneos, mas que se descobriu recentemente. Um estudo realizado pela Dra. Diana Alecsandru revela, entre outros, que a união de recetores KIR AA com antígenos HLA-C2 é uma combinação de risco para a raça humana em todo o mundo.

Aqui retomamos o comentário “que o corpo humano é muito inteligente” para constatar que, num tratamento com óvulos doados, quando uma mulher com recetores KIR AA (entre 30 a 40 % das mulheres europeias apresentam este tipo concreto de recetores) recebe a transferência de um embrião com antígenos, as probabilidades de aborto, falha na implantação e outras complicações disparam.

A importância do estudo da Dra. Alecsandru e as conclusões residem principalmente em dois pontos. Em primeiro lugar, a importância de realizar uma classificação dos KIR y HLA-C tanto da mãe como do pai e da dadora. Mediante uma simples análise de sangue realizar-se-á a denominação genética de cada um dos protagonistas, para poder escolher sempre a dadora mais adequada e alinhar todos os protagonistas.

Em segundo lugar, a importância de apostar, nos tratamentos com óvulos doados pela transferência de um só embrião, para que o útero da mulher reconheça o menor número de elementos estranhos e exista maior probabilidade de aumentar as taxas de gravidez e ter um bebé saudável. Apesar dos resultados do estudo terem origem em Madrid, gradualmente o IVI está a implementar estas conclusões em todas as suas clínicas (de momento apenas em pacientes com patologias de gestação como abortos recorrentes, falhas de implantação recorrentes, pré-eclampsia, etc.) para continuar a oferecer aos seus pacientes as melhores técnicas e as maiores probabilidades de ter uma gravidez segura e um bebé saudável.

Segundo a Dra. Alecsandru, “com estes estudos estamos a verificar a importância de avaliar as características imunológicas das dadoras. É muito importante selecionar adequadamente a dadora, não só pela compatibilidade da cor de olhos, do grupo sanguíneo, etc., mas também pelas características imunológicas. O objetivo final é que a dadora seja compatível com a recetora, para que a gravidez chegue a termo da melhor forma possível. Além disso, é recomendável transferir um só embrião, para que o útero materno não seja obrigado a reconhecer demasiados corpos externos.

Sobre el 7th International IVI Congress

O IVI celebra entre os dias 11 e 13 de maio em Bilbao o 7th International IVI Congress sobre Medicina Reprodutiva, e no qual participaram os principais investigadores da área. Neste evento serão apresentadas as técnicas mais inovadoras e os resultados d as últimas investigações, e serve como ponto de encontro e partilha das melhores práticas. No Congresso, na sua sétima edição participarão mais de 1.400 especialistas de 72 nacionalidades, e ocorre a cada dois anos.

Sobre o IVI – RMA Global

O IVI nasceu em 1990 como a primeira instituição médica em Espanha especializada em reprodução humana. Desde então ajudou a nascer mais de 160.000 crianças, graças à aplicação das últimas tecnologias em procriação medicamente assistida. No início de 2017, ocorre a fusão entre o IVI e a RMANJ, e o grupo converte-se no maior em Medicina Reprodutiva do mundo. Atualmente conta com mais de 70 clínicas em todo o mundo e é líder em medicina reprodutiva. https://ivi.pt/http://www.rmanj.com/

Fonte: IVI

 

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