A Rede AZUL (Rede de Teatros do Algarve) apresentou em São Brás de Alportel o seu plano de atividades para 2018 que se vai centrar em quatro pilares: a formação, o apoio à criação e circulação, a partilha de espetáculos e o seminário “Periferias” marcado para novembro.
“É com grande satisfação que a Câmara Municipal de São Brás de Alportel está neste projeto”, afirmou o Presidente da Câmara, Vitor Guerreiro, na qualidade de edil anfitrião desta apresentação realizada na Galeria Municipal de São Brás de Alportel.
Evidenciando a importância da partilha de recursos entre membros da rede como forma de superação de limitações orçamentais e para fazer mais e melhor, Vitor Guerreiro frisou: “Estamos cá para fazer com que esta parceria dê frutos”.
O Diretor do Teatro das Figuras, Gil Silva, falou sobre as atividades formativas que se pretendem fazer para os profissionais da Rede, nomeadamente ao nível técnico, de produção, de comunicação, de programação. A primeira formação nas questões técnicas terá início em abil, no Teatro das Figuras em abril, e estender-se-á a maio e junho. O objetivo passa por qualificar os profissionais da rede que trabalham na área e também outras pessoas interessadas.
Na área da criação, a Rede Azul encomendou um projeto ao coletivo de artistas composto por João Frade, Gijoe (Rafael Correia) e Ana Perfeito, acompanhados pelos músicos: Paulo Machado, João Guerreiro e Emanuel Marçal.
Um projeto que se pretende com uma forte identidade regional e que irá apresentar uma nova e questionadora abordagem à música tradicional algarvia assente na reinvenção e experimentação aos níveis musical e visual, dirigindo-se ao público generalista mas sem descurar segmentos de públicos minoritários.
João Frade é um dos diretores artístico deste projeto batizado de “Moda Vestra”. Um trabalho que deverá estar pronto a apresentar nos vários espaços da rede no último trimestre de 2018 e que deverá continuar a ser apresentada no primeiro trimestre de 2019 e que a Rede AZUL gostaria que ultrapassasse as fronteiras regionais e nacionais.
A Diretora Municipal da Câmara Municipal de Loulé, Dália Paulo, falou sobre a partilha de espetáculos e sublinhou que a estratégia definida passa por uma aposta no serviço educativo e na preparação do futuro.
Espetáculos que em termos financeiros têm menos retorno mas que são vitais e onde o trabalho em parceria pode ser uma mais-valia, observou sublinhando que ainda que o foco se centre no público infantil, vão ser trabalhados diferentes públicos, por exemplo: na área da deficiência.
Em novembro, a Rede AZUL promove o seminário “Periferias” que tem como objetivo “refletir e debater o afastamento geográfico das regiões em relação ao poder central e como isso condiciona toda uma política cultural das regiões e do país.
Criada em 2016, a Rede AZUL é uma estrutura informal que visa o estímulo e a facilitação da criação, circulação e promoção da oferta cultural de qualidade existente na região ao nível das artes performativas e das suas derivações e diálogos.
Esta rede pretende ainda fomentar uma desejável e útil articulação entre os vários equipamentos regionais no que respeita às suas estratégias, metodologias e práticas de programação em determinadas áreas e segmentos, contribuindo também para a formação, para a consolidação e circulação na região de públicos para as áreas musical, teatral, performativa e coreográfica.
O Cineteatro São Brás, o Auditório Municipal de Albufeira, o Auditório Municipal de Lagoa, o Auditório Municipal de Olhão, o Auditório da Biblioteca Municipal (Castro Marim), o Centro Cultural António Aleixo (Vila Real de Santo António), o Centro Cultural de Lagos, o Cine-Teatro António Pinheiro (Tavira), o Cine-Teatro Louletano, o Teatro das Figuras (Faro), o Teatro Mascarenhas Gregório (Silves) e o TEMPO – Teatro Municipal de Portimão são os membros atuais da Rede Azul.
Fonte: GI da CM SBA