No âmbito dos seus programas de voluntariado e cidadania, a Associação para o Estudo e Conservação dos Oceanos (AECO) recebeu na Ilha da Culatra ao longo dos meses de Junho e Julho, escuteiros provindos de várias regiões da Bélgica para participar em ações de sensibilização e limpeza.
A recolha de lixo foi realizada em diversos pontos em torno da comunidade da ilha da Culatra. Esta intervenção que se estendeu da praia, ao cordão dunar e às zonas circundantes do ponto de abrigo foi um sucesso. Ao todo foram recolhidos e separados cerca de 5.000 litros de lixo, onde mais de 3.000 diziam respeito a plásticos variados, placas de esferovite e embalagens de metal. Foram até recolhidos detritos de maiores dimensões como pneus, pedaços de barcos partidos e redes de pesca abandonadas. Quem visitou a ilha durante este período ficou surpreendido com as esculturas artísticas que os grupos prepararam para chamar a atenção para este problema cada vez mais preocupante. Graças ao apoio logístico da ALGAR, foi possível remover o lixo da ilha e encaminhá-lo para ser tratado.
Ao longo das diversas ações os jovens tiveram ainda oportunidade descobrir a Universidade do Algarve e a sua oferta educativa, participar em batismos de vela promovidos pelo Ginásio Clube Naval de Faro e pôr as “mãos na massa” num workshop de cataplana algarvia com o apoio da Tertúlia Algarvia e da Região de Turismo do Algarve. O município de Faro, que também apoiou a iniciativa, agradece na pessoa do vereador Carlos Baía, “o trabalho que estes jovens realizaram em prol do ambiente, numa comunidade com características muito próprias e particularmente vulnerável, em termos ambientais, como é o caso da ilha da Culatra”.
Os jovens, por sua vez, afirmam-se satisfeitos por ter oportunidade de intervir num território tão especial e agradecem sobretudo ao Agrupamento de Escolas Tomás Cabreira e à Associação de Moradores da Ilha da Culatra (AMIC) por os terem recebido de braços abertos. “Todos os anos fazemos uma viagem de voluntariado para trabalhar numa causa social ou ambiental e este ano realmente uma experiência única! Aprendemos muito sobre a ria Formosa e sobre a importância de proteger os ecossistemas. É preciso continuar este trabalho de limpeza de sensibilização, estou certa que para o ano, outros grupos quererão juntar-se a esta causa também” acrescenta Flore Semaille.
Através de ações concertadas ao nível da investigação e da educação, a AECO pretende contribuir para a conservação do ambiente marinho e para o desenvolvimento e manutenção das pequenas comunidades piscatórias locais.
Fonte: AECO