A Câmara Municipal de Loulé volta a promover a requalificação do espaço público entre dois dos principais pólos aglutinadores do turismo algarvio: Quarteira e Vilamoura. Depois da inauguração, em 2016, da primeira fase do chamado Passeio das Dunas, os trabalhos relativos à segunda fase deste projeto estruturante e que é considerado um exemplo em termos de reabilitação urbana arrancam nos próximos dias, num investimento que rondará os 2,6 milhões de euros.
Durante a manhã de hoje foi celebrado o auto de consignação desta empreitada que pretende constituir-se como mais um passo para a requalificação urbanística da Zona Costeira Poente de ligação Quarteira/Vilamoura. Dentro da mesma filosofia, a ideia é dar continuidade ao Passeio, desde a zona do Hotel Crowne Plaza até à Marina de Vilamoura, ou seja, desde o primeiro apoio de praia (de nascente para poente) até à ribeira de Quarteira.
“O que se pretende é a devolução do espaço público qualificado com valores ambientais, conviviais, de fruição da natureza, sem massas de construção, de descompressão de construção urbana. É uma requalificação que é sinónimo também de renaturalização. Embora este troço entre já numa fase urbanizada dentro de Vilamoura, bastante antiquada, carenciada de ordenamento e embelezamento, a filosofia não deixa de ser essa, fruir a vida, fruir a natureza em espaços abertos, onde é possível conversar, passear com a família, sentir uma proximidade com o mar, com um ambiente desimpedido”, explicou o presidente da Autarquia, Vítor Aleixo
Tal como aconteceu na primeira fase, a requalificação ambiental da zona passará pela recuperação da estrutura dunar (as dunas constituem um elemento central para os projetistas desta intervenção), pela utilização de materiais duráveis, preferencialmente locais, e pela utilização de energias alternativas para o sistema de iluminação.
Pretende-se, deste modo, criar um espaço requalificado, promotor das circulações pedonais e cicláveis, com mobiliário urbano valorizado, com possibilidade de integração de valências temporárias (espaços de jogo, exposições, eventos musicais, etc.) ou mais permanentes como o futuro Mercado (previsto na terceira fase), o estacionamento ou o novo acesso ao areal.
De forma a minimizar os incómodos causados a quem visita, reside ou tem o seu negócio em Quarteira/Vilamoura, os trabalhos desta segunda fase serão interrompidos nos meses de julho e agosto.
Como explicou o edil, com esta segunda fase “fica concluída a maior parte da intervenção que está prevista para aquela faixa litoral que liga Quarteira a Vilamoura mas não fica concluída toda a intervenção planeada desde 2001”. A esta, segue-se a terceira fase que integrará dois momentos: a construção do Mercado Municipal e o arranjo do Largo das Cortes Reais.
No caso do Mercado, o projeto está concluído, aguardando-se o resultado da avaliação de impacto ambiental para abertura de concurso e lançamento da obra “tão desejada por todos os quarteirenses e pelos turistas”. No que diz respeito ao Largo das Cortes Reais, o projeto está ainda em execução, não havendo previsão do arranque da obra, sendo certo que esta “essa será a última intervenção em termos de trabalhos físicos no terreno”.
Esta é, pois, mais uma obra pública municipal “de envergadura e de importância inquestionável”. Só no presente mandato, que teve início em outubro de 2017, já foram lançados concursos de obras num valor superior a 24 milhões de euros e adjudicadas empreitadas num total de 19 milhões de euros.
E quando a obra estiver concluída (o prazo previsto é de 420 dias), Vítor Aleixo quer repetir os mesmos protagonistas políticos na cerimónia de inauguração. “A primeira fase do Passeio das Dunas foi executada e inaugurada estando no exercício de funções autárquicas eu próprio na Câmara, Telmo Pinto na Junta de Freguesia, e o Primeiro-Ministro António Costa deu-nos o prazer da sua presença. A partir deste dia, vou trabalhar e empenhar-me para que a inauguração da segunda fase do Passeio das Dunas possa ter como protagonistas políticos os mesmos personagens no exercício das mesmas funções”, frisou.
Fonte: GAP da CM Loulé