O Encontro de Cabo-Verdianos e seus amigos no Concelho de Loulé assinalou esta quarta-feira, 1 de maio – Dia do Trabalhador –, 25 anos de existência e para celebrar este momento, a Autarquia de Loulé associou-se ao evento com a inauguração de uma escultura que vai, a partir de agora, embelezar uma das rotundas da Avenida Laginha Serafim, em Loulé, em jeito de homenagem à diversidade dos povos e nações que escolheram o Concelho para viver.
Da autoria do escultor Paulo Neves, “Ponto de Encontro” é uma apologia à união na diferença, à tolerância e à sã convivência. A peça, criada em mármore e aço lacado, transmite precisamente esta diversidade através das diferentes cores que a compõem e que simbolizam os diferentes povos e continentes, gente de todo o mundo que por aqui passa e que, no fundo, tem em Loulé o seu “ponto de encontro”.
“Com esta escultura louvamos, de forma expressiva e através de uma linguagem original, a diversidade de povos e culturas que o Concelho de Loulé acolhe e que refletem uma sociedade humanista e integradora, marcada pelos valores da tolerância e do respeito pelo outro, independentemente da etnia, cor, credo ou religião”, referiu o presidente da Autarquia, Vítor Aleixo.
O autarca relembrou o histórico dia 5 de julho de 1975, data da independência de Cabo Verde, “que surgiu num abraço fraterno da História e afeto com a República Portuguesa, dois Estados, duas Nações irmanadas num destino entrelaçado pelo cimento de uma língua comum”. Mas falou também da longa presença desta comunidade no Concelho de Loulé – mais de meio século -, dos primeiros cabo-verdianos que aqui se fixaram aquando da construção da CIMPOR, dos anónimos mas também dos que se destacaram como é o caso do músico Dino D’Santiago ou do padre Carlos César Chantre, realçando sobretudo “a preciosa participação da comunidade cabo-verdiana na vida e funcionamento do Concelho de Loulé, da sua inserção e cooperação para o reconhecimento nacional e internacional deste Município”.
Já o presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que este ano juntou-se à festa dos seus compatriotas, sublinhou a importância da diáspora para este país, referindo ainda os 44 anos de democracia do país, atualmente uma referência em África e no mundo.
O 1º de maio é celebrado desde 1994 pela comunidade cabo-verdiana de Loulé com um encontro que passa por uma eucaristia multicultural, presidida pároco César Chantre, Vigário Geral do Algarve, ele próprio um cabo-verdiano, e por um encontro no Salão de Festas de Loulé, onde não falta a música, a dança, as artes e a gastronomia africana. Ontem o dia não foi exceção e, com a presença do seu representante máximo, a festa foi bastante animada e prolongou-se pela tarde fora.
Fonte: GAP da CM Loulé