Os portugueses doaram à Humana 1.586 toneladas de têxtil durante o primeiro semestre do ano

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HUMANA Portugal, associação sem fins lucrativos que trabalha, desde 1998, a favor da proteção do meio ambiente promovendo a reutilização têxtil e realiza programas de cooperação de desenvolvimento em África e de apoio local em Portugal, recolheu durante o primeiro semestre um total de 1.586 toneladas de roupa e calçado para dar-lhe um fim social. 144 toneladas mais que o total recolhido no primeiro semestre do ano passado.

Os três municípios com os quais colaboramos que conseguiram reunir maior quantidade de kilos de roupa usada foram, por esta ordem: CM Sintra, CM Seixal e CM Barreiro. Municípios estes que se têm destacado ao longo dos anos pela sua eficiente gestão de resíduos, fomento do desenvolvimento sustentável e de modelos económicos circulares.

Segundo dados da Comissão Europeia sabemos que por cada kilo de roupa que se reutiliza estamos a evitar a emissão de cerca de 3,169 kg de CO2 para a atmosfera. Desta maneira, as 1.586 toneladas de têxtil recolhido permitiram uma poupança de cerca de 5.026 toneladas de CO2 para a atmosfera. O que contribui de forma positiva para poupar recursos, proteger o meio ambiente e lutar contra a mudança climática.

Nos contentores da Humana, os portugueses e portuguesas podem depositar a roupa, o calçado, os acessórios e o têxtil-lar que já não utilizam para dar-lhes uma segunda vida. O serviço de recolha do têxtil é gratuito e representa uma poupança importante nos gastos de recolha e eliminação de possíveis resíduos como o têxtil.

Durante estes anos os portugueses têm vindo a demonstrar o seu compromisso com a reutilização têxtil, seja através das suas doações ou comprando nas nossas 12 lojas de moda secondhand. Pode consultá-las aqui.

POR VEZES PODEM SURGIR DÚVIDAS, COMO PARA ONDE VAI A ROUPA QUE DOAMOS NOS CONTENTORES?

As roupas usadas colocadas nos nossos contentores, dependendo do seu estado, têm os seguintes destinos: tratam-se e classificam-se na central de preparação para a reutilização da Fundación Pueblo para Pueblo (organização irmã, localizada em Espanha) ou é vendida a empresas de reutilização e reciclagem.

A roupa classificada distribui-se da seguinte maneira:

  • 52% é preparado para a sua reutilização: onde 13% se destina às lojas secondhand da Humana em Portugal e 39% é exportado, principalmente para África, para ser vendido a preços de mercado para gerar recursos para a cooperação ao desenvolvimento.
  • 37% corresponde à roupa que se encontra num estado que não permite a sua reutilização e por isso é vendido a empresas de reciclagem têxtil para que elaborem outros produtos como mantas, isolamentos ou trapos para a indústria automobilística.
  • 9% é enviado para um centro de tratamento de resíduos para a sua eliminação: são produtos que não se podem reutilizar, nem reciclar, nem valorizar energeticamente.
  • 2% são resíduos impróprios (plástico, cartão, outros) que se põem nas mãos dos gestores autorizados correspondentes.

Segundo Filipa Reis, promotora nacional da Humana, «enquanto se aumente a recolha seletiva do têxtil crescerão também as possibilidades de reutilizar essas roupas usadas ou de recuperar as suas matérias-primas. É, portanto, que mais do que um resíduo, o têxtil deve ser visto e considerado como um recurso com uma segunda vida, assim estamos a contribuir para a sustentabilidade do planeta. Gerido conscientemente e com vocação social, pode transformar-se em motor de progresso de Portugal e gerar fundos para a cooperação ao desenvolvimento de países do Hemisfério Sul».

Os motivos para este otimismo devem-se a que a União Europeia (UE) obriga à recolha seletiva de têxtil antes de 1 de janeiro de 2025, o que significa que os municípios, que são os responsáveis pela gestão de resíduos, ajudarão a potencializar a reciclagem e a reutilização de roupa e calçado.

E talvez não saibas, mas o potencial de aproveitamento do têxtil usado é enorme: mais de 90% das roupas usadas são suscetíveis de ter uma segunda vida através da reutilização ou reciclagem. Passar de um modelo de economia linear a circular é imperativo e imprescindível para a sustentabilidade da indústria da moda e, claro está, do PLANETA.

Fonte: Humana PortugalHumanaPortugal

 

 

 

 

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