Novos cenários, recriações de rituais vikings, equipamentos tecnológicos para apoio ao visitante são algumas das novidades que os visitantes encontrarão nesta XVI Feira Medieval de Silves, que decorre de 9 a 18 de agosto e que recorda a relação da antiga Xilb com os Vikings, relatando factos que remontam ao ano de 844, quando de Silves saiu em missão diplomática um embaixador (Al-Gahzali), que de barco chegou ao território dos Majus (Vikings).
«Este ano teremos a introdução de alguns suportes tecnológicos, que ajudarão na experiência dos visitantes e lhes permitirão consultar o programa do evento, aceder ao site da autarquia na área da Feira Medieval e, também, dar a sua opinião sobre o evento», explica Rosa Palma, Presidente da Câmara Municipal de Silves. Na verdade, estarão espalhados pelo recinto cinco totens que permitirão que os visitantes possam dar a sua opinião sobre o evento, aceder a informação sobre o mesmo e registar selfies, que depois irão para os seus emails e poderão ser partilhados nas redes sociais de cada um. «É uma forma de podermos estar mais perto dos visitantes e de procurarmos interagir de outro modo com eles», revela a autarca silvense.
Outra das inovações desta edição da Feira Medieval de Silves é a existência de mais e novos pontos de animação, que também constituem novos elementos cenográficos e, logo, complementam o ambiente da feira. Uma nova mesquita, um palco especial na zona atrás do edifício dos Paços do Concelho, entre outros, darão ao visitante a a sensação de estarem num espaço familiar, mas ao mesmo tempo novo. «Teremos mais pontos de animação e surpresas no fantástico cenário natural da cidade, que é perfeito para a realização deste evento», salienta Rosa Palma dando particular enfase ao trabalho «criado pelo sector de carpintaria da autarquia e desenhado pelos nossos técnicos de desenho» e que resultarão nesta mudança de visual.
Ainda no que toca ao cenário, este ano estará na Praça Al-Mutamid um acampamento Viking, com pessoas em permanência, de modo a dar a conhecer o ambiente de uma aldeia viking. Ali estarão: Tendas Vikings (estruturas em madeira e cobertas a colmo e a pano), um barco e uma carroça Viking e uma Pira funerária. Neste cenário retratar-se-ão as vivências (em funcionamento contínuo) de um Ferreiro, de um Tecelão, de um Carpinteiro, de um Curtidor de peles e de um Construtor de redes e recriar-se-ão (diariamente) o Ritual de casamento, os Sacrifícios aos deuses, o Ritual da águia de sangue e o Ritual fúnebre. «E ainda estamos a preparar uma outra surpresa, que envolverá, se tudo correr como desejamos, o desembarque viking no rio Arade, já que queremos que os visitantes percebam a importância estratégica deste curso de água e como ele foi determinante para o contacto com estes povos do norte da Europa», explica a edil.
Revelar a imensa riqueza da história desta cidade e deste concelho continua a ser preocupação da Câmara Municipal de Silves, organizadora do evento. «Sabemos que estamos perante um evento de recriação histórica e essa recriação é que lhe dá alma, lhe dá a cor que é tão particular de Silves e das suas gentes. Silves tem ocupação humana, sabemos, desde a pré-história. Por aqui passaram povos, religiões, culturas e modos de ser muito diversos, que nos deixaram saberes e modos de estar e ser que nos são muito peculiares. A cultura é uma marca desta cidade e está profundamente ligada a essa herança de que muito nos orgulhamos, porque Silves é um lugar especial no que toca à cultura e à história», conclui Rosa Palma.
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Fonte: GRP do Mun Silves