O Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar (NEDVP) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) alerta a população para o aumento do risco de sofrer tromboembolismo venoso durante e após viagens de avião de longa distância. Estima-se que, anualmente, 3,2 em cada 1000 pessoas expostas a este cenário sofram deste problema.
“Sabe-se que o risco de desenvolver um tromboembolismo venoso é maior quando a viagem tem uma duração superior a quatro horas e nas duas semanas imediatamente a seguir à viagem, reduzindo progressivamente até às oito semanas seguintes”, destaca Ana Oliveira Gomes, membro do secretariado do NEDVP.
Segundo a internista, “as viagens longas favorecem esta condição, que inclui a embolia pulmonar e a trombose venosa profunda. A trombose venosa profunda ocorre quando se forma um trombo ou coágulo sanguíneo nas veias das pernas. Se esse coágulo se desprende ou fragmenta pode deslocar-se até aos pulmões e provocar uma embolia pulmonar”.
São fatores de risco para este problema de saúde história de tromboembolismo venoso prévio, neoplasia ativa, cirurgia ou trauma recentes, mobilidade reduzida, idade avançada, trombofilia, gravidez e período pós-parto, uso de medicação com estrogénios, como a pílula ou terapêutica hormonal de substituição na menopausa, altura maior a 1,85 metros ou inferior a 1,65 metros, e obesidade.
Para prevenir o desenvolvimento de um tromboembolismo venoso, o NEDVP deixa algumas recomendações que devem ser adotadas durante uma viagem de avião: “levantar-se e caminhar a cada uma ou duas horas; exercitar-se ou esticar as pernas com regularidade; evitar roupa apertada; beber água e evitar o consumo de álcool ou comprimidos sedativos”.
O Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar tem desenvolvido nos últimos anos diversos materiais de educação sobre o tromboembolismo venoso dirigidos à população. Estes podem ser consultados em: https://www.spmi.pt/nucleo-estudos-doenca-vascular-pulmonar/
Fonte: Miligrama