Apesar de já ter mergulhado um pouco por todo o Mundo, João Rodrigues, o realizador de Cavalos de Guerra, diz que é na Ria Formosa que se sente “em casa” e fez da ameaça de extinção dos cavalos-marinhos naquele santuário natural a sua causa. António Miguel Pina recebeu de bom grado a ideia de o Município patrocinar este filme e o resultado de uma boa aposta ficou demonstrado neste dia de estreia.
“A proteção da natureza é um tema cada vez mais na ordem do dia. Ainda bem! E nós estamos a fazer a nossa parte”, garantiu o autarca de Olhão, anfitrião das centenas de pessoas que, entre entidades oficiais e anónimos, não quiseram perder a primeira exibição de Cavalos de Guerra.
A estreia do documentário contou com as presenças dos secretários de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, e do Mar, José Apolinário, que elogiaram o facto de o Município de Olhão ter financiado um filme com um tema tão atual. “Obrigado pelo trabalho que está a fazer em nome da biodiversidade na Ria Formosa”, agradeceu João Catarino, dirigindo-se a António Miguel Pina. “Abordar este património valioso é uma forma diferente de chegar a muitas pessoas”, referiu ainda o governante com o pelouro da Conservação da Natureza.
Já para o olhanense José Apolinário, secretário de Estado das Pescas que também intervém no documentário, António Miguel Pina “soube agarrar um projeto de grande importância para a preservação da Ria Formosa”. Referindo-se ao realizador João Rodrigues, disse que “é um amante desta causa, um interveniente com capacidade para influenciar em defesa da nossa Ria Formosa”.
Perante uma plateia entusiasmada com a estreia de um documentário que mostra as fragilidades da Ria Formosa, o presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina, exortou para que “nos tornemos todos protetores do cavalo-marinho”, algo em que o biólogo marinho e fotojornalista João Rodrigues também acredita.
No Auditório Municipal de Olhão, o realizador mostrou o resultado dos muitos dias de mergulho nas águas algarvias e disse-se “feliz por ver tantas pessoas que querem a Ria Formosa com o brilho que já teve. A minha missão de vida vai ser proteger a Ria Formosa”. João Rodrigues reconhece que “esta aposta do Município de Olhão foi um tiro no escuro”, mas que agora é uma importante ferramenta de divulgação do que se passa na Ria Formosa, através da exibição de imagens inéditas que prometem alertar consciências. No total, são 29 minutos que resumem a coabitação entre o cavalo-marinho e quem usufrui, vive e trabalha de e na Ria Formosa. Cavalos de Guerra reúne depoimentos de vários desses intervenientes, ao mesmo tempo que conta a história da evolução deste ecossistema ao longo dos tempos.
Produzido pela Chimera Visuals para o Município de Olhão, Cavalos de Guerra segue agora o seu percurso e vai dar-se a conhecer nas escolas do concelho e um pouco por toda a região e país, assim como em vários festivais de cinema.
Fonte: Mun de Olhão