LITORITMIA – O Respirar da Pedra de Bordeira (do grego líthos (pedra) e rhúthmos (movimento regular recorrente).
Das profundezas do Barrocal, mais especificamente de Bordeira, bem como de outras localidades circundantes, veio esta mostra do imenso e variado talento criativo que representa esta telúrica arte ancestral.
A abundante matéria-prima impulsionou desde tempos imemoriais a extração da pedra e a sua utilização na chamada cantaria de forma – por exemplo, os calcários da pavimentação da Igreja do Carmo em Faro são provenientes de Bordeira. O crescimento desta indústria a partir do século XIX estabeleceu Bordeira como incontestado epicentro sociocultural da pedra na região – em meados do século XX, Bordeira contava cerca de duas centenas de canteiros, e os emigrantes que levaram consigo este ofício notabilizaram-se como restauradores de monumentos de excelência, em países como a França, a Suíça, etc.
Nesta exposição que de modo algum se assumiu como definitiva, o poético respirar da pedra pulsou das mãos de mestres locais e artistas emergentes, num diálogo entre a tradição e a contemporaneidade.
AMÉRICO RELVAS | ARNALDO RAMOS | JOÃO SEROMENHO | JORGE MENDONÇA | MARCÍLIO DE BRITO CAMPINA | PATRÍCIO CONCEIÇÃO PEDRO | JOSÉ JESUS | ZÉ RATO – Curadoria: Fernando Brazão. ORGANIZAÇÃO | Associação Recreativa e Cultural de Músicos. PRODUÇÃO | Aquatropia | *SIGA* . APOIOS | Município de Faro | União de Freguesias de Faro | Freguesia de Santa Bárbara de Nexe