Mákina de Cena | “Dois Perdidos no Horror Elíptico da Sobremodernidade”

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MakinaSena

Estreia já esta sexta-feira, 09 de Outubro às 21h30, no Cineteatro Louletano, a mais recente produção da Mákina de Cena/ MdC Teatro, Dois perdidos no horror elíptico da sobremodernidade.

Nesta encenação, Carolina Santos desafiou cinco actores locais (amadores e semi-profissionais) a navegar pelo universo beckettiano de À espera de Godot. A obra-prima de Samuel Beckett serviu de inspiração e fio condutor a uma dramaturgia que, inusitadamente, foi predecessora da realidade. Já antes de o planeta encerrar devido à pandemia, a equipa deste projecto navegava em cenários pós-apocalípticos, distanciamentos reais e metafóricos e questionamentos de uma realidade absurda, cada vez mais absurda…

Como já nos vem vindo a habituar, Carolina Santos imprime ao espectáculo uma vertente fortemente física, com partituras de movimento que complementam e enriquecem o texto, à maneira do método de Jacques Lecoq, onde a encenadora se formou teatralmente. O resultado? Uma tragicomédia que nos leva a reflectir sobre o absurdo da existência, da espera e das relações humanas.

Este espectáculo tem financiamento da Câmara Municipal de Loulé/ Cineteatro Louletano, no âmbito da Bolsa de Apoio ao Teatro, contando igualmente com apoio da Algarpalcos, Gostomatic, Loulecópia e Águas Fastio.

Sinopse

Dois perdidos no horror elíptico da sobremodernidade baseia-se naquela que aparenta ser uma inevitabilidade da condição humana: a espera e a fé (ou a dúvida?). Assumidamente inspirada na primeira e mais famosa peça de Samuel Beckett (À espera de Godot, um dos textos mais representativos do Teatro do Absurdo), esta criação adquiriu a sua própria identidade através de uma outra dramaturgia. Aqui, quem espera não são vagabundos. São trabalhadores precários de um certo serviço de transferes que aguarda a chegada de um determinado cliente – há dias, meses, anos?… – no hall de um qualquer aeroporto. Dois perdidos… é um espectáculo tragicómico, entre a espera e a esperança, naquele não-lugar por onde passam todos os absurdos do mundo.

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