A Associação Vita Nativa – Conservação do Ambiente e o ICNF – Direção Regional da Conservação da Natureza e das Florestas do Algarve instalam a primeira caixaninho do projeto Orçamento Participativo “Alojamento Local para Aves”.
No próximo dia 26, pelas 15.30 horas, a Associação Vita Nativa e a Direção Regional da Conservação da Natureza e das Florestas do Algarve – ICNF, irão proceder à instalação da primeira caixa-ninho, no âmbito do projeto “Alojamento Local para Aves”. Esta simbólica cerimónia irá decorrer junto da sede da Direção Regional no Parque Natural da Ria Formosa, na Quinta de Marim, e assinalará o início da instalação das 2000 caixas-ninho prevista para toda a região algarvia.
Depois de dois meses de preparação, que incluíram reuniões, visitas de campo, e a definição dos modelos de caixas-ninho e sua construção, eis chegado o momento tão aguardado de instalar a primeira caixa-ninho. Para este momento escolhemos instalar uma caixa-ninho destinada a poupas ou estorninhos-pretos, espécies bastante familiares para os cidadãos e facilmente observadas nos jardins das cidades e vilas do Algarve.
Além deste modelo de caixa-ninho, para cada uma com as especificidades das espécies-alvo, preparam-se mais cinco modelos, tendo em atenção, também, o local/habitat a instalar. Um dos objetivos deste projeto é proporcionar locais de nidificação para várias espécies cavernícolas que vivem em contexto urbano e periurbano. Desde pequenas espécies de passeriformes, como os chapins, às poupas e estorninhos, até a aves de rapinas de pequenas e médias dimensões, como os mochos-galegos, corujas-das-torres e peneireiros-vulgares.
Quere-se também utilizar estas aves como espécies-bandeira para o tema do controlo natural de espécies-praga. Aqui pode-se levantar a seguinte questão: porque não deixamos a natureza trabalhar por si só? Sabemos que será impossível erradicar o uso de pesticidas, mas estamos certos de que se poderá caminhar no sentido de diminuir a quantidade usada e, dessa maneira, tornar os ecossistemas mais saudáveis e sustentáveis. Em último caso, estamos a falar da saúde humana.
Com este projeto pretende-se igualmente incutir uma maior sensibilidade e interesse da sociedade, que vive nos grandes núcleos urbanos, para com as aves. Iremos esforçar-nos para que durante o projeto, e mais importante depois de terminar, os cidadãos e as entidades tenham uma enorme vontade de monitorizar as caixas-ninho. E que desejem ansiosamente pela próxima primavera para ver se o casal volta a ocupar a caixa-ninho e reproduzir-se com sucesso.
JT AVN Olhão