Empresários Algarvios Voltam a Divulgar Número de Apoio à Vítima

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Os empresários que fazem parte dos seis grupos algarvios do Business Networking International (BNI Algarve) voltam a juntaram-se numa campanha de divulgação do número nacional de emergência para apoio às vítimas de violência doméstica. Esta é uma ação de campanha no âmbito do Dia Internacional da Luta Contra a Violência que se celebra a 25 de Novembro. O lançamento desta campanha teve lugar esta quarta-feira dia 25 de Novembro, naquela que foi a 476a reunião do BNI Sinergia. Os cerca de 200 empresários do BNI Algarve irão partilhar nas suas redes sociais o no 800 202 148 e informação útil de apoio às vítimas deste crime público.

Relatório da Polícia Judiciária que abrange o período de 2014 a 2019 mostra que 16% do total de homicídios ocorridos em Portugal verificaram-se em relações de intimidade. E traça retrato-robot de homicida e vítima: adultos da mesma faixa etária, entre os 41 e os 60 anos, “de origem caucasiana, de nacionalidade portuguesa e profissionalmente empregados”. Do total de 128 mortes nesse contexto, a esmagadora maioria das vítimas — 111, ou seja, 87% — eram mulheres, e, 17 do sexo masculino. Isto é, entre 2014 e 2019 foram assassinados em Portugal, em contexto de violência doméstica, em média, mais de uma mulher por mês e um homem a cada quatro meses.

Segundo o relatório da APAV referente ao ano de 2019, que apenas 42% das 11.676 vitimas assinaladas formalizaram queixas junto da autoridade policial. Este número absurdo de vitimas foram alvo de 11.836 autores de crime, os quais cerca de 66% do sexo masculino com idades compreendidas entre os 35 e os 54anos. 13% dos autores dos crimes são mulheres. Quanto ao perfil das vitimas 80,5% são mulheres e 18,7% são homens. O mesmo estudo revela que 45% dos crimes de violência foram perpetuados no âmbito das relações de intimidade, dos quais 51% dentro das residências e 16% em via pública.

Orlando Caixeirinho, diretor executivo do BNI Algarve, reitera «é muito importante e necessária a divulgação do número nacional de apoio às vítimas de violência doméstica, uma tarefa da qual ninguém se deve demitir e pela qual todos devem pugnar, pois o número é nacional, gratuito, confidencial e a ele todos podem recorrer – homens, mulheres, jovens, crianças e idosos. Sabemos que há muitas formas de violência sobre as pessoas, mas é preocupante que os números de homicídios sempre em crescente seja o das mulheres. Num cenário de aumento de desemprego e de deterioração do tecido social os casos de violência doméstica aumentam, não só, sobre as mulheres, crianças, jovens, idosos, mas também, sobre homens, estes últimos menos falados e denunciados, mas não menos reais. Também neste cenário de pandemia e de confinamentos sucessivos, quando se tem 90% de certeza de que se vai ser violentado(a), violado(a), batido(a), maltratado(a) seja a nível físico ou psicológico o vislumbre de liberdade que as ruas preconizam leva necessariamente a um aumento da situação de sem-abrigo, porquanto nestes cenários dantescos a ameaça da COVID parece um mal menor». O diretor executivo do BNI Algarve coloca a tónica de que «a violência doméstica é um crime público, pelo que qualquer um pode fazer a denúncia, neste sentido a mensagem que o BNI está a distribuir apresenta, de forma sucinta, os passos a serem dados para que a denúncia seja efetuada de forma adequada».

Sobre o BNI

Fundado nos Estados Unidos em 1985, existe em Vilamoura deste Setembro de 2011, sendo um dos pioneiros desta forma de trabalhar no Algarve. O BNI é reconhecido à escala mundial por ser um grupo de profissionais responsáveis, dinâmicos e pró-ativos.

Os princípios que pautam o BNI (Business Networking International), são: parcerias através de entreajuda, relações transparentes e de confiança. É um grupo de empresários coeso comprometidos no sucesso de todos através das sinergias de negócios que geram entre si.
No Algarve existem grupos BNI em Faro, Vilamoura, Lagoa, Portimão e Lagos.

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