A conquista e destruição de Anafé (Casablanca) pelo infante D. Fernando (1468) – Considerações sobre uma pouco conhecida operação anfíbia, é o título do novo trabalho do historiador algarvio Fernando Pessanha. Originalmente publicado no vol. 19 da Revista de História da Sociedade e da Cultura, da Universidade de Coimbra, este trabalho é agora lançado em separata pela Editora Guadiana, de Vila Real de Santo António.
Segundo o autor, técnico superior do Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes/VRSA e investigador da Associação Ibérica de História Militar, a ideia de publicar este estudo surgiu por ocasião dos 550 anos de um episódio pouco conhecido da História de Portugal, ou seja, a conquista e destruição de Anafé (Casablanca) pelo infante D. Fernando, em 1468: “Após ministrar as respectivas conferências na Direcção Regional de Cultura do Algarve e no Museu Municipal de Faro, em 2018, de modo a assinalar este acontecimento pouco conhecido da História da Expansão Portuguesa, considerei que seria pertinente dar a investigação à estampa, de modo a fazê-la chegar a maior número de pessoas. Foi nesse sentido que a Revista de História da Sociedade e da Cultura, da Universidade de Coimbra, publicou este trabalho depois de sujeito ao tradicional processo de arbitragem científica”.
De acordo com a nota de apresentação de Vítor Gaspar Rodrigues, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Fernando Pessanha, autor de vários outros estudos sobre temáticas militares, salienta neste trabalho a importância da guerra naval no conjunto das práticas militares desenvolvidas pelos portugueses no Norte de África e, em especial, o papel das operações anfíbias para a afirmação da presença portuguesa na região. “Centrando a sua análise num estudo de caso de uma operação deste tipo – o ataque e destruição da cidade costeira de Anafé em 1468 pelas forças do Infante D. Fernando, irmão de D. Afonso V – Fernando Pessanha dá-nos a conhecer não só as razões que estiveram na base do lançamento da operação, mas também o carácter metódico e o planeamento cuidado utilizado neste tipo de acções navais responsáveis pelo sucesso da maior parte dessas empresas, facto que explica que tivessem sido, mais tarde, transpostas para o oceano Índico com grande sucesso”.
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