“É evidente que esta situação em que nos encontramos se agravará, tanto mais quanto a deixarmos avançar”.
Maria Luísa Novais, presidente do Grupo do Amigos de Lagos, enviou um apelo aos sócios – “aos atuais e os demais que se inscrevam, sendo os mais jovens essenciais – para apresentação de ideias para Lagos pôr em prática”, tendo em conta “o que antes faltara e mais aquilo que os novos tempos tornaram urgente”.
Nessa mensagem, considera que o “Grupo tem as características abrangentes das colectividades de antigamente” e, porque “está aberto a todos os amigos de Lagos, sem limitar a classes profissionais ou sociais, representa uma mais-valia para a comunidade, que pretendemos criativa, ativa e atractiva”. Sintetiza a acção do Grupo nos seus vinte e oito anos de existência, mas reconhece que “fomos pouco persistentes e menos ainda eficazes”.
Luísa Novais lembra que “o grande confinamento em que, desde há muito, voluntariamente nos havíamos colocado, como se todo o mundo coubesse em nossa casa e fosse possível receber cada vez mais, dando cada vez menos, levou-nos à situação actual, de que somos únicos culpados”. E acrescenta: ”Pensámos que nada fazer garante nunca errar, quando o grande erro foi termos deixado de fazer”.
Por fim, recorda que “em todas as épocas, sempre se estabeleceram e partilharam estratégias de defesa, porque é ainda mais nos momentos difíceis que uma comunidade tem de estar unida e tem de partilhar tarefas”. A mensagem conclui que, “se sempre defendemos uma comunidade aberta e sentimos que, neste momento, isso é ainda mais necessário, todos são chamados a intervir”. Por isso, compromete-se a divulgar, aos órgãos autárquicos e à comunicação social, um resumo de todos os contributos que receber em [email protected].
Grupo de Amigos de Lagos