- A APM – RedeMut pede vacinação urgente dos profissionais de saúde das mutualidades associadas
- Direção dirigiu carta à Direção Geral da Saúde e à Task-Force para o Plano de Vacinação
Na véspera da data que assinala a Semana Europeia da Imunização – que se realiza de 24 de abril a 1 de maio –, a APM – RedeMut manifesta a sua indignação em relação à prioridade de vacinação contra a Covid-19. Em causa estão cerca de 100 profissionais que asseguram os serviços de saúde das mutualidades e que correm riscos diariamente para garantirem cuidados aos cidadãos. É incompreensível como quatro meses depois do início da vacinação, existam profissionais de clínicas de saúde das associações mutualistas que ainda não tenham sido vacinados. Entre eles, a título de exemplo, encontram-se por vacinar 23 profissionais da clínica da ASM João de Deus, 17 médicos, auxiliares e técnicos da Benéfica e Previdente, 19 médicos e auxiliares da Clínica da Liga de Gaia e 12 médicos, enfermeiros e auxiliares da Clínica da Mutualidade da Moita.
Entre janeiro e março, a Associação que representa 24 das maiores associações mutualistas dirigiu carta à Direção Geral da Saúde e vários e-mails à Task Force para o Plano de Vacinação defendendo a necessidade de imunizar com a maior urgência os profissionais das instituições de solidariedade social, que têm respostas na área da saúde.
A única resposta que obteve da Task Force foi a de remeter para a Direção Geral de Saúde a decisão e revisão de prioridades do Plano de Vacinação, que são definidas de acordo com critérios de saúde pública considerados adequados por essa autoridade e com suporte científico na medida dos efeitos já medidos da pandemia na sociedade.
Profissionais em risco
A maioria das associadas que a APM representa prestam cuidados de saúde e organizam respostas sociais. «Além das consultas médicas e dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica que realizam em diversas especialidades, também gerem estruturas residenciais e outras respostas sociais, nomeadamente serviços de apoio domiciliário, colocando os seus profissionais na linha da frente de combate à pandemia», refere.
Algumas mutualidades tiveram mesmo de reforçar as equipas para continuar a dar resposta, uma vez que a fuga aos hospitais e centros de saúde do serviço público levou ao aumento da prestação de cuidados de saúde das associadas da APM-RedeMut. «Temos equipas de apoio domiciliário a prestar serviços em contextos sociais e económicos frágeis e outras a apoiar especificamente doentes COVID-19, todos com enorme exposição ao risco do contágio do vírus», explicam os responsáveis.
Assim a APM-RedeMut solicita «às entidades competentes, com urgência, a indicação de prioridade na vacinação contra a COVID-19, relativamente às pessoas que asseguram serviços essenciais nas instituições particulares de solidariedade social».
ADBD