O presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, lamentou hoje a forma como a Autoridade de Saúde anunciou ontem, de forma inesperada, ao final da tarde de um domingo e à hora de jogo da Seleção Nacional de Futebol, a suspensão das aulas para os alunos do 1.º e 2.º ciclo em cinco concelhos algarvios (Faro, Albufeira, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel), sem que tenha havido qualquer aviso prévio ou cuidado de articulação com as autarquias e os agrupamentos de escolas.
A bem da eficácia das medidas públicas, e para defesa do respeito que todos os cidadãos merecem, o presidente da Câmara considera que deve haver mais articulação entre as várias entidades envolvidas, até tendo em conta que a Autarquia tem sido, desde sempre, um parceiro da Autoridade de Saúde no combate à pandemia.
O autarca considera que esta medida anunciada pela Autoridade de Saúde Regional do Algarve, com efeitos praticamente imediatos, traduz-se num transtorno enorme para o quotidiano das famílias, que, de um momento para outro, vêm as suas vidas totalmente desestruturadas.
O Município de Faro tomou de imediato providências no sentido de apoiar as famílias, designadamente fornecendo refeições em regime de “take away” e procurando igualmente auxiliar os agrupamentos de escolas do concelho para que o ensino à distância possa decorrer sem maiores sobressaltos.
Num momento em que a situação das famílias se agrava de forma inesperada, o presidente da Autarquia deixa assim uma nota de solidariedade, mas também a recomendação do cumprimento das orientações das autoridades de saúde no sentido da melhoria da situação epidemiológica no concelho e na região.
Por outro lado, Rogério Bacalhau considera fundamental que sejam intensificadas as fiscalizações de ajuntamentos e eventos não autorizados, que têm contribuído fortemente para o aumento de surtos epidémicos no concelho e na região, bem como o processo de vacinação na região.
“Apesar do esforço e empenho dos profissionais de saúde que estão no terreno e têm sido inexcedíveis, estamos muito aquém da capacidade de vacinação que pode ir até cerca de um milhar de vacinas por dia”, declarou o presidente da câmara.
O presidente pede ainda que “o Governo tome medidas para a região que não sejam apenas restritivas”, no sentido de ajudar a economia, que já está seriamente debilitada e pode vir a sofrer novamente as consequências do agravamento da situação pandémica e respetivas consequências.
Mun de Faro