Com a decisão de suspensão das aulas presenciais do 1.º e 2.º ciclos, em Albufeira, Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel, segundo orientação das Autoridade de Saúde Regional, voltou o drama para centenas de pais trabalhadores com crianças a cargo.
Para além da manifesta ausência de preocupação de caracter social, ao anunciar-se a suspensão da noite para o dia, trouxe enormes constrangimentos para trabalhadores e familiares colocando-se ainda as seguintes questões:
Mais uma vez não podem ser as mulheres e os homens trabalhadores que tenham filhos abrangidos pela suspensão das aulas e que tenham de garantir o seu acompanhamento, a voltar a ser penalizados com cortes dos salários ou com a imposição do gozo de férias por parte das empresas.
A Comissão Distrital para a Igualdade entre Mulheres e Homens da União dos Sindicatos do Algarve – CDIMH/USAL exige que sejam tomadas medidas por parte do Governo e das entidades patronais para que mais uma vez não sejam as mães e os pais trabalhadores a ficarem penalizados nos seus rendimentos e direitos.
Mais do que falar dos efeitos da pandemia na acentuação das desigualdades, é hora de assumir alterações legislativas e decisões políticas que assegurem a manutenção dos rendimentos, garantam a solidariedade, protejam os direitos das crianças e promovam a justiça social.
O que se exige é a testagem massiva, o reforço dos rastreios e o alargamento da vacinação, em simultâneo com um forte investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Razão pela qual, esta é uma questão essencial que exige medidas urgentes do Governo e das empresas que protejam a saúde sem pôr em causa os direitos das crianças e dos pais, como está a acontecer no Algarve.
USAL