O Cancro do Pulmão é a Principal causa de Morte por Doença Oncológica em Portugal

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Os dados da World Health Organization (WHO) estimam cerca de 5,415 mil novos casos de cancro do pulmão em 2020, representando a principal causa de morte por doença oncológica no nosso País. Os últimos números dão conta de 4.797 mortes em 2020 por cancro do pulmão em Portugal. A propósito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão, o Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) alerta para a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença.

“Para além de constituir o cancro mais frequente no mundo, a incidência do cancro do pulmão aumenta a um ritmo de 0.5% por ano, o que significa que é preciso reforçar a sensibilização para este tipo de cancro, travando esta projeção”, esclarece a Dr.ª Teresa Almodôvar, presidente do GECP.

A maioria dos doentes são diagnosticados em estado avançado, uma vez que o tumor pode desenvolver-se durante bastante tempo sem dar sintomas. Apesar dos tratamentos inovadores que têm surgido nos últimos anos permitirem aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida destes doentes, “a aposta na prevenção deve ser prioritária”.

“A incidência é três vezes superior nos homens que nas mulheres, mas com tendência para aumentar nas mulheres e estabilizar nos homens, refletindo os hábitos tabágicos da nossa sociedade”, explica a especialista.

Sabe-se que o tabaco é o principal fator de risco para o cancro do pulmão, já que 85 dos novos casos são detetados em pessoas que fumam ou fumaram. Assim, “somente com a eliminação do tabagismo é que os casos de cancro do pulmão podem ser reduzidos. Para apostar na prevenção do cancro do pulmão temos de começar pela cessação tabágica”, adianta a médica pneumologista. “Mesmo após o diagnóstico de cancro do pulmão, deixar de fumar faz toda a diferença”, acrescenta, “pois vai diminuir as queixas de tosse, falta de ar e cansaço, vai melhorar o estado nutricional da pessoa com cancro pulmão, vai permitir melhor tolerância aos tratamentos e ainda evitar o aparecimento de outras doenças e outros cancros”.

A especialista explica ainda que, para além do tabaco, “a contaminação ambiental, alterações moleculares também podem ser fatores de risco para cancro do pulmão,”. Sem esquecer o envelhecimento que representa, como em todos os cancros, um fator de risco. A este propósito, a Dr.ª Teresa Almodôvar comenta que “embora a mediana de idade dos doentes com cancro do pulmão seja cerca 70 anos, em adultos jovens a patologia está a aumentar”.

É este o desafio lançado pelo GECP a todos os fumadores: “procurar ajuda especializada para eliminar totalmente a dependência do tabaco”, prevenindo o cancro do pulmão, mas não só, “melhorando todos os parâmetros de saúde e prevenindo o aparecimento de múltiplas doenças crónicas e agudas”.

Sobre o cancro do pulmão:

O cancro do pulmão é o cancro mais frequente no Mundo. A sua incidência aumenta a um ritmo de 0.5% por ano. Ocorre devido ao crescimento descontrolado de células anormais que se encontram no pulmão, dando origem a tumores malignos.

Em Portugal, foram diagnosticados em 2020 cerca de 5 mil novos casos de cancro do pulmão, representando a terceira neoplasia mais frequente. É, no entanto, a principal causa de morte por doença oncológica no país, estimando-se ter causado 4.787 mortes em 2020.

Sobre o GECP:

O Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão surgiu no ano 2000 como resultado de uma ampla necessidade de juntar esforços na promoção do conhecimento em Oncologia Torácica. Reúne profissionais de saúde de várias áreas, dedicados ao estudo e tratamento do cancro do pulmão, mantendo estreitas ligações com outros grupos e sociedades científicas, universidades e organizações da sociedade civil.

https://www.gecp.pt

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