- No Dia Nacional do Mutualismo, a Associação Portuguesa de Mutualidades (APM – RedeMut) organiza, em Gaia, a conferência “Como pode o Plano de Ação Europeu para a Economia Social contribuir para potenciar uma economia ao serviço das pessoas e do planeta?”
- Evento dividido em dois painéis com vários convidados, entre os quais António Costa e Silva, Maria de Belém Roseira e Francisco Assis.
- A APM – RedeMut é composta por 24 mutualidades que cooperam na prestação de cuidados de saúde e na proteção social dos seus associados
O Dia Nacional do Mutualismo, que se assinala a 25 de Outubro, fica este ano marcado por uma conferência que acende o debate em torno da economia social. “Como pode o Plano de Ação Europeu para a Economia Social contribuir para potenciar uma economia ao serviço das pessoas e do planeta?” é o tema do evento organizado pela APM – RedeMut, que se realiza na própria segunda-feira, às 10h, no Auditório Manuel Menezes de Figueiredo da Assembleia Municipal de Gaia.
A conferência
O programa divide-se em dois momentos que pretendem responder a perguntas fundamentais para a consolidação da nossa sociedade. O primeiro painel debruça-se sobre as condições que são necessárias garantir na Europa para que a Economia Social cumpra todo o seu potencial. Moderado pelo Vice-Presidente da APM-RedeMut Pedro Bleck da Silva, este painel conta com Patrick Klein (Responsável pelo Setor da Economia Social e do Empreendedorismo Social da Comissão Europeia), Manuel Pizarro (Deputado do Parlamento Europeu), Alain Coheur (Membro do Comité Económico e Social Europeu – Secção Especializada de Emprego, Assuntos Sociais e Cidadania) e Víctor Meseguer (Diretor da Social Economy Europe).
Como se pode articular o Plano de Recuperação e Resiliência Português com o Plano de Ação Europeu para a Economia Social é o tema do segundo painel, moderado pelo Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues. Do lado institucional, intervém neste debate António Costa e Silva (Presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência), ao lado dos atores da economia social Paula Roseira (Associação Mutualista Benéfica e Previdente), Rui Pedroto (Fundação Manuel António da Mota), Rosa Maria Neto (CERCICA – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais), Isabel Rebelo (SEIS – Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social), Rosa Araújo (Associação Coração Amarelo – Instituição Particular de Solidariedade Social) e António Tavares (Santa Casa da Misericórdia do Porto).
O encerramento da conferência está a cargo de Maria de Belém Roseira (Ex-Ministra da Saúde e Ex-Ministra para a Igualdade) e Francisco Assis (Presidente do Conselho Económico e Social).
O evento é presencial, com transmissão em direto em https://apmredemut.pt/ e na página do Facebook da APM – RedeMut.
O Dia do Mutualismo
Esta iniciativa da Associação Portuguesa de Mutualidades pretende comemorar a data histórica para o movimento mutualista português, que se celebra a 25 de outubro. O dia sensibiliza para a necessidade de debater os problemas do setor da Economia Social, procurando soluções que promovam o fortalecimento do movimento mutualista.
O mutualismo é essencialmente um sistema solidário de entreajuda, criado para ajudar as pessoas nas adversidades através das instituições que lhe dão corpo, as mutualidades. Em Portugal, a maioria das mutualidades antecederam o Serviço Nacional de Saúde e dedicam-se à prestação de cuidados de saúde para os seus membros ou para aqueles que a elas recorrem. «Corporizam, assim, as mutualidades, um sistema de saúde, do sector social, que embora percursor, assume hoje o carácter de complementaridade relativamente ao Serviço Nacional de Saúde, a que todos temos direito por força de princípios constitucionais», refere o Vice-Presidente da APM – RedeMut, Pedro Bleck da Silva.
A APM – RedeMut
Desde setembro deste ano que a Associação Portuguesa de Mutualidades integra o Conselho Nacional para a Economia Social (CNES), uma grande conquista para quem já tem uma voz ativa no setor e já fazia parte, desde 2018, do Conselho Económico e Social (CES) e da Confederação Portuguesa para a Economia Social (CPES).
Recorde-se que a APM – RedeMut nasceu da iniciativa de 24 associações mutualistas portuguesas*, que uniram esforços em torno do objetivo comum de prestar cuidados de saúde aos seus associados. Além de disponibilizar cuidados de saúde de qualidade – com tempos de espera record que podem inclusivamente ajudar o Serviço Nacional de Saúde – as mutualidades também garantem proteção social aos seus membros.
Segundo dados do observatório mutualista de 2018, as associadas da APM – RedeMut apoiaram 1792 pessoas e 480 famílias em respostas de família e comunidade; 639 crianças e jovens (creches, pré-escolares e ATL); 539 pessoas idosas (ERPI e centros de dia) e 54 pessoas vítimas de violência doméstica.
*Benéfica e Previdente, Beneficência Familiar, Lacobrigense, Mutualidade da Moita, Previdência Portuguesa, Vilanovense, CSC – ASMECL, ASM Ponta Delgada, Montepio Nossa Senhora da Nazaré, Associação Mutualista Montepio, ASM João de Deus, União Mutualista N.S da Conceição, Mutualidade Popular, Montepio Rainha D. Leonor, Casa da Imprensa, ASM 4 de setembro de 1862, Associação Mutualista Freguesia de Vilar, MONAF, MUSSOC, AME Associação Mutualista dos Engenheiros, Lutuosa de Portugal, ASM Fúnebre Familiar de Ambos os Sexos de Pedroso.
ADBDC