Escola Secundária Pinheiro e Rosa dedica uma semana inteira para celebrar o pensamento crítico.
Temas tão diversos como a Arte e a Ciência, a Ontologia e a Ética, a Democracia e a manipulação das informações, foram trabalhados e apresentados de forma criativa, rigorosa e humorística. Para além da celebração da palavra através de conferências, o pensamento foi festejado através de múltiplos suportes artísticos. O teatro, a pintura, a performance, as instalações artísticas, o cartoon, o museu dos objetos do pensamento, a exposição sobre as mulheres pensadoras foram o vórtice que constituiu o turbilhão de acontecimentos nesta intensa semana. E porque o pensamento crítico denuncia o que tem de ser mudado os alunos construíram uma faixa sobre os abusos que não podemos tolerar.
A primeira palestra, da responsabilidade da professora Conceição Santos, responsável pelo projeto Parlamento dos Jovens, debruçou-se sobre o tema da desinformação, e dos seus perigos para a Democracia. Seguiu-se uma conferência na Direção Regional da Cultura de Faro, acolhida pela sua Diretora Regional, a professora Adriana Nogueira, onde o diretor do Museu Municipal de Faro, Dr. Marco Lopes, abriu aos alunos dos cursos científicos a possibilidade de trabalhar no restauro de obras de Arte, desocultando também os critérios que leva o curador de um museu a escolher as suas exposições. No dia mundial da Filosofia Duarte Baltazar, jornalista de RTP e ex aluno da Pinheiro e Rosa, voltou à sua escola para elucidar os alunos sobre a ética no jornalismo. Dia 19, Rita Saias, jovem de Faro e ex Presidente do Conselho Nacional de Juventude, trabalhou com os jovens, de forma criativa, a sua relação com a política.
Para além destas propostas mais formais os alunos puderam confrontar-se com mulheres pensadoras qu nunca entraram nos Programas de Filosofia, experimentar a sensação de entrar na Caverna de Platão dos dias de hoje, foram surpreendidos por coisas pensantes, analisaram o Falso espelho de Magritte, recriado pelos alunos de Artes Visuais, refletiram sobre o cartoon que Ella Baron fez sobre sobre a Alegoria da Caverna, envolveram-se nos movimentos harmoniosos da performace A teia, concebida pelos alunos da opção Teatro do 12º ano, criaram a exposição “O meu objeto Filosófico” e pintaram uma faixa sobre a Intolerância.
Porque, como dizia Séneca, a Filosofia ensina a agir, não a falar. E o futuro precisa de decisores com esta visão ampla e eclética dos fios de pensamento que se entrecruzam na sua diferença, produzindo um padrão comum.
ESPRosa