Caixa obtém aprovação do BCE para a recompra de 500 milhões de euros de Dívida AT1 a uma Taxa de 10,75% emitida em 2017, após ter emitido em 2021 Dívida Sustentável no mesmo valor com Cupão de 0,375%, o mais baixo de sempre.
- Aprovação da recompra reflete a avaliação positiva à solidez financeira da CGD após a conclusão bem-sucedida do plano de reestruturação.
- Títulos emitidos em 2017, por imposição do acordo entre o Estado e a DGComp, tiveram um custo total de 268,75 milhões de euros em juros.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) recebeu do Banco Central Europeu (BCE) a autorização para avançar com a recompra da emissão de fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1), no montante de 500 milhões de euros. Esta operação vai permitir importantes poupanças anuais em juros à CGD.
A aprovação do reembolso antecipado destes títulos de dívida no dia 30 de março resulta da avaliação positiva feita pelo BCE à solidez financeira da CGD, reflexo da conclusão com sucesso de um difícil e exigente plano de reestruturação.
Com a amortização dos títulos AT1 emitidos em março de 2017, o rácio CET 1 da CGD permanece em 18,20% e o rácio total em 19,65%, cumprindo-se com ampla margem o requisito regulamentar de 13,50%.
A emissão destes títulos foi condição prevista no acordo entre o Estado Português e a Comissão Europeia no âmbito do Plano de Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. A taxa de juro de 10,75% associada à dívida AT1 correspondeu a um custo anual de 53,75 milhões de euros para a CGD o que representou, no conjunto dos cinco anos, um total de 268,75 milhões de euros.
Paulo Moita de Macedo, presidente executivo da CGD, diz que esta aprovação pelo BCE “assinala o sucesso alcançado pela CGD na implementação de um exigente plano de reestruturação e só foi possível pela capacidade de geração de capital orgânico e pela rentabilidade da Instituição.
Só uma Caixa sustentável e com uma rentabilidade reconhecida pelo mercado evitará voltar a incorrer em custos desta magnitude. Após o reembolso antecipado, a realizar em breve, a CGD manter-se-á como um banco capitalizado, preparado para os desafios futuros, ao mesmo tempo que conseguirá poupanças significativas com juros que permitirão prosseguir a missão de devolver a ajuda dos portugueses”.
A CGD regressou aos dividendos em 2019 com a entrega de 200 milhões de euros ao Estado. No ano passado, com base nos resultados de 2020, foram pagos mais 83,6 milhões a que se juntaram 300 milhões sob a forma de dividendo extraordinário. Com o reembolso antecipado destes títulos de dívida AT1, a CGD elevará para mais de 1.000 milhões de euros o montante devolvido, relativo ao processo de recapitalização de 2017.
LG CGD