O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) assume como meta a qualificação de mais 6 317 pessoas até final de 2026, elegendo como áreas estratégicas as competências digitais e a saúde, onde foram identificadas as maiores lacunas de formação na sua área de influência.
Eis um dos grandes objetivos estratégicos do projeto SONDA2026 – Smart Open Networks for Development Acceleration, financiado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) como um montante na ordem dos 10 milhões de euros, cujo contrato-programa foi assinado em dezembro último.
A instituição de ensino prevê assim a abertura de sete novos cursos de mestrado e 10 pós-graduações, além do reforço da oferta de cursos curtos, nomeadamente com o funcionamento de 10 CTeSP (Cursos Técnicos Superiores Profissionais) e 30 microcredenciais. Fisioterapia, Terapia da Fala e Enfermagem são as três especialidades abrangidas na área da saúde, para colmatar lacunas na oferta de formação pós-graduada a Sul do Tejo.
A inexistência de cursos CTeSP na zona norte de Lisboa é outro dos vazios diagnosticados, estando já a ser suprido pelo IPS com a abertura, neste âmbito, de quatro formações nos concelhos de Amadora, Loures e Vila Franca de Xira.
O SONDA2026, que agrega mais de 150 parceiros e surge enquadrado nos programas “Impulso Jovens STEAM” e “Impulso Adultos”, tem igualmente entre os seus objetivos a criação da chamada Academia de Reciclagem, dedicada à formação pós-graduada nas áreas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Quanto ao apoio aos estudantes, ganha destaque, entre outras medidas previstas, o lançamento de um conjunto de bolsas como forma de contribuir para o reforço da participação feminina no processo de transição digital. São disso exemplo a criação de duas bolsas de estudo para mulheres, no valor das propinas do curso, para cada CTeSP, e de 10 bolsas anuais, no valor de 1 500 euros, de que beneficiarão as estudantes que frequentem com sucesso cursos de pós-graduação e mestrado nas áreas de competências digitais.
Adicionalmente o IPS vai também premiar com regularidade anual, no montante de 5 000 euros, as escolas do ensino básico e secundário que melhor promovam a igualdade de género e a adesão das raparigas às áreas STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathmetics), e apostar na organização de três Escolas de Verão, centradas nas competências digitais, destinadas a raparigas e a jovens desfavorecidos a frequentar o ensino básico.
Recorde-se que, através do projeto SONDA2026, o IPS vai também poder finalmente avançar com a construção de um edifício próprio para a sua Escola Superior de Saúde (ESS/IPS), uma ambição de 20 anos, e erguer de raiz uma nova escola, em parceria com a Câmara Municipal de Sines, que se propõe dotar de formação superior a região do Alentejo Litoral, a única NUT III em Portugal sem este tipo de oferta.
IPS