O desejo de reabilitar o edifício conhecido como Fábrica da Cerveja não é novo. Nos últimos anos foram dados passos decisivos para a sua concretização. A recuperação financeira da autarquia permite agora projetar novos investimentos. A decisão que foi tomada há cerca de 5 anos de manter o edifício na esfera pública e de lhe dar um uso cultural e criativo foi decisivo.
Para estruturar um programa estratégico que possa ser sólido e permitir avançar para as fases de projeto e posteriormente obra, a autarquia estabeleceu uma parceria com Gonçalo Louro & Cláudia Santos – Arquitectos, Lda. em cooperação com a Opium, Lda. e Pablo Berástegui que permitiu a construção de um Programa Estratégico e Funcional para a Fábrica da Cerveja. Foi um processo participado onde foram ouvidas muitas pessoas, agentes culturais e agentes regionais.
Com este programa pretende-se conservar a dinâmica que já existe no espaço, abrindo-o à participação de todos.
A FÁBRICA DA CERVEJA será um espaço de criação, exibição e de encontro para agentes culturais e um espaço de uso público com possiblidade de usufruto diário numa lógica de encontro para todos. A sua cadeia de valor será: capacitar – produzir – inspirar – usufruir – partilhar – ampliar – possibilitar.
A sua ação irá assentar numa rede de parcerias locais, regionais, nacionais e internacionais;
A sua identidade fica intacta – FÁBRICA DA CERVEJA – mas é potenciada pelos conceitos de Fábrica, Faro, Futuro e Formosa;
Intervenções previstas
– A intervenção arquitetónica procura manter a imagem da Fábrica, criando espaços estruturantes de apoio ao funcionamento do edifício e espaços flexíveis multidisciplinares e adaptáveis;
– Criação de um novo edifício, na retaguarda da Fábrica, onde vão ser criadas salas de apoio à produção musical (com a capacidade de se transformarem se necessário em outras valências);
– Criação de um novo edifício no Largo Dom Afonso III, de apoio na relação entre o Museu Municipal de Faro e a Fábrica da Cerveja;
– Requalificação do espaço envolvente ao Museu Municipal, criando novos edifícios, expandindo a área do mesmo e criando novas áreas expositivas;
– Requalificação do espaço público envolvente, derrubando os muros que atualmente criam um pátio interior.
A intervenção terá 4 fases, sendo a expetativa que as duas primeiras possam estar concluídas em 2026/2027. Caso Faro seja Capital Europeia da Cultura, a terceira fase será acelerada para 2027. A quarta fase está dependente da evolução das três primeiras;
A FÁBRICA DA CERVEJA terá um modelo de gestão autónomo do Município, potenciando a gestão híbrida com agentes culturais e criativos. Será equacionado um instrumento de gestão próprio que poderá ser potenciado caso Faro seja Capital Europeia da Cultura;
O custo estimado de investimento total é de 13,4 milhões de euros, divididos em 4 fases:
o 1ª fase – Corpo Nascente + Largo: intervenção na parte do edifício sob gestão direta do município e intervenção na zona exterior
– Estimativa de investimento: 2.1 milhões de euros
– Expectativa de concretização: até 2026/2027
o 2.ª fase – Jardim + construção de dois edifícios de apoio: contrução de novo edifício na retaguarda da Fábrica + construção de novo edifício na Praça Afonso III + intervenção no jardim
– Estimativa de investimento: 2.6 milhões de euros
– Expectativa de concretização: até 2026/2027
o 3.ª fase – Corpo Sul/Nascente: intervenção na parte do edifício atualmente sob gestão ARCM
– Estimativa de investimento: 3.5 Milhões de Euros
– Expectativa de concretização: até 2027 – se Faro acolher o título de Capital Europeia da Cultura.
o 4.ª fase – Ampliação do Museu: ampliação da área do Museu Municipal de Faro e zonas adjacentes
– Estimativa de investimento: 5.1 Milhões de Euros
– Expectativa de concretização: a definir tendo em conta a evolução das fases anteriores
Nota: Desejavelmente, a 1.ª e 2.ª fase ocorrem em simultâneo. A 3.ª fase está dependente da evolução das duas primeiras.
Consulte AQUI informação completa sobre o projeto.
Mun de Faro