O estigma, o preconceito, o medo e a baixa auto-estima impedem muitos homens de falarem sobre o assunto e de se assumirem como vítimas, o que leva a acreditar que os números reais serão muito superiores aos casos identificados.
Em 2020, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima recebeu um total de 1.627 casos, número que tem vindo a crescer de ano para ano.
Com o propósito de combater o preconceito, a APAV, em parceria com a agência Pepper, lança uma campanha que pretende alertar para esta realidade e dizer aos homens que falar sobre o tema, e assumirem que são vítimas, é um sinal de força e não de fraqueza.
A agência Pepper explica o conceito criativo que deu origem a esta campanha: “Há esta ideia, este estereótipo, do que é uma conversa de homens. Os homens falam de futebol, de mulheres, de carros, mas não expõem os seus medos e a sua vulnerabilidade. Mas na verdade, é preciso muita coragem e muita força para o fazer. E isso sim, é coisa de homens e é isso que queremos evidenciar nesta campanha. Queremos mudar a conversa e dar a volta ao preconceito.”
Com o mote “Falar é sinal de força”, a campanha vai estar presente em televisão, com um filme produzido pela FastForward, imprensa, mupis e em canais digitais, com peças com fotografia de André Carvalho.
A APAV presta apoio gratuito, confidencial e especializado a vítimas de todos os crimes. Está disponível através de uma rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima, presente em muitas das principais cidades do país.
A Linha de Apoio à Vítima, 116 006, está disponível de segunda a sexta, entre as 8h e as 22h. A APAV está também presente no Skype (@apav_lav) e nas principais redes sociais, como o Facebook e o Instagram.
APAV