Standvirtual | Mercado de Usados mantém Recuperação Mensal (+19%) face a 2021 mas ainda abaixo do Pré-pandemia

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No caso dos veículos novos, o Standvirtual revela ainda dados interessantes sobre as tendências e intenções de compra, com uma procura de 35% por veículos a gasolina. Já a procura por elétricos (20%) ultrapassa a procura por diesel (12%) no mês de março.

  • A transferência de propriedade de ligeiros de passageiros teve um crescimento de +19% em fevereiro de 2022, em comparação com o período homólogo de 2021, mas a análise dos dados deve ser feita no contexto do confinamento do ano passado. O mercado ainda está em recuperação face a 2020, com uma quebra de -14% em fevereiro.
  • O preço médio praticado pelos vendedores profissionais continua a subir, o que se relaciona com a escassez de produto, fixando-se em cerca de 21.800€.
  • No caso dos preços de alguns dos modelos mais representativos no Standvirtual, com 50 mil quilómetros e a diesel, mantém-se a estabilização já verificada no mês anterior. O custo do Renault Clio, que aumentou a partir de meados de 2021, mantém-se estável desde setembro nos 16.500€. Em março, mantém-se também estável o preço do Nissan Qashqai (23.000€), do Renault Megane Sport Tourer (21.000€) e do Mercedes-Benz A180, que tinha aumentado ligeiramente no mês anterior (31.000€).
  • Verifica-se maior procura por carros abaixo dos 10 mil euros, com cerca de 43% do share de contactos realizados com os vendedores, sendo este patamar de preços aquele quem vindo a demonstrar maior escassez de carros ao longo dos últimos meses. Nos restantes patamares, a procura mantém-se estável, com cerca de 15% a 20% do share de procura para carros entre 10 a 20 mil euros, entre 20 e 30 mil euros (que diminui ligeiramente a partir de novembro) e acima de 30 mil euros.
  • De acordo com os dados fornecidos pela BCA, ao nível do B2B os preços estabilizaram depois da ligeira descida em fevereiro, com aumento de preços para o consumidor final.
  • Relativamente ao tipo de combustível com maior procura, na secção de veículos novos do Standvirtual, a tendência continua a ser pela gasolina (35%), apesar do decréscimo observado desde o início do ano. O interesse pelos elétricos é cada vez maior com cerca de 20% da procura, ultrapassando o diesel que reúne apenas 12% em março.
  • Segundo dados da ACAP, verifica-se um aumento de +0,7% no mercado de novos (ligeiros e pesados) em março face ao mesmo mês de 2021, e de +8% no acumulado anual. Energias alternativas (veículos eletrificados e híbridos a GPL) representam 42% dos veículos ligeiros de passageiros novos em março. Já o mercado de motociclos, triciclos e quadriciclo regista um crescimento de +10% em relação a março de 2021 e +42,4% no acumulado anual.

O Standvirtual realizou um Webinar para apresentar o barómetro do mercado automóvel, em parceria com a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O evento online contou com o contributo de Nuno Lobo (CEO da Autolombos); Gonçalo Castelo Branco (Diretor de Mobilidade da EDP Comercial); Nuno Paiva (Diretor Geral do Grupo AMG Car), Maria Neffe (Departamento Económico Estatístico ACAP); além de Daniel Rocha (Diretor de Estudos e Planeamento do Standvirtual), Pedro Soares (Diretor Comercial do Standvirtual) e Nuno C. Branco (Diretor Geral do Standvirtual). O webinar teve como principal objetivo divulgar os números do mercado automóvel e analisar os temas mais relevantes, nomeadamente a mobilidade elétrica.

Nuno Paiva, Diretor Geral do Grupo AMG Car, comenta que “estamos neste momento com os preços a aumentar significativamente com a escassez de materiais e, portanto, com a falta de carros novos os usados continuam a ser bastante influenciados. O interesse e a venda de carros elétricos têm aumentado muito principalmente nas cidades, onde faz a diferença maior no bolso, quer seja a nível dos consumos e dos custos de estacionamento. A opção ainda pode ser mais vantajosa se o carregamento for feito em casa ou num condomínio onde a energia é mais barata”.

Para Gonçalo Castelo Branco, Diretor de Mobilidade da EDP Comercial, as principais barreiras para a aquisição de veículos elétricos consistem: “na capacidade e infraestruturas de carregamento pública e no facto de as pessoas quererem sentir que é tão fácil carregar como os outros combustíveis. A EDP tem hoje mais de 1.200 pontos e parcerias com a Brisa, a BP e a Repsol. Mas é importante perceber que 80% dos carregamentos ocorre no espaço privado, em casa ou na empresa. Há também a questão da oferta e dos modelos com diferentes autonomias, à medida que a autonomia vai aumentando as pessoas sentem-se mais confortáveis. E depois o preço, os carros elétricos ainda são mais caros que os veículos a combustão”.

No caso de Nuno Lobo, CEO da Autolombos, “o mercado neste momento funciona pela oferta e não pela procura. A falta de confiança que os consumidores têm é um problema grande, os preços estão a aumentar todos os meses e há uma escassez de produto que começa a atingir os usados. Penso que o futuro vai ser elétrico, quando os preços baixarem e as autonomias aumentarem vai ser uma compra natural e até uma exigência do consumidor. Segundo a Bosch Car Service, daqui a 10 anos mais de 50% dos carros na Europa vão ser elétricos e vamos ter que nos adaptar com este salto qualitativo”.

Para assistir a todo o evento basta visitar Barómetro do Mercado Automóvel – Março 2022 – YouTube.

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