CREPC Algarve | “DECIR – 2022 Algarve”

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O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) definido para Região do Algarve, consensualmente assumido por todas as entidades que concorrem para a defesa da floresta contra incêndios, foi ajustado à evolução da perigosidade, com uma organização flexível e diferenciada, face à probabilidade e histórico de ocorrências, previsibilidade da intensidade de propagação e suas consequências, bem como o nível necessário de prontidão e mobilização das estruturas, forças e unidades de proteção e socorro.

Este Dispositivo, financiado pela administração central, local e entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros (CB), reforça a Força Mínima de Intervenção Operacional (FMIO) em cada um dos 16 concelhos algarvios e afeta meios e recursos dedicados dos demais Agentes de Proteção Civil (APC), Organismos e Entidades Cooperantes (EC) que, direta ou indiretamente, concorrem para a Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI), na vertente do combate, com a finalidade de garantir, em permanência, a resposta operacional adequada e articulada a ocorrências de incêndio rural, com um encargo operacional compatível com os diferentes níveis de empenhamento considerados em sede de planeamento.

Atendendo a que, nos últimos anos, fruto de um processo contínuo de lições aprendidas, as medidas implementadas têm-se revelado profícuas, continuamos a apostar:

  • Na consolidação das Bases Temporárias de Estacionamento de Meios de Combate em locais estratégicos, com elevado perigo de incêndio rural, para pré-posicionamento e sustentação logística de unidades de reforço imediato, antecipando as ações de ataque ampliado através do préposicionamento das 2 Brigadas de Combate a Incêndios (BCIN Barlavento e BCIN Sotavento) e da mobilização de 2 Grupos de Combate a Incêndios Rurais dos Bombeiros do Algarve e da Companhia de Ataque Estendido (CATE) da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR);
  • Na sustentação das 2 Equipas de Reconhecimento e Avaliação da Situação (ERAS) de nível Regional, operacionalizadas pelos Bombeiros, à ordem do Comando Regional de Emergência e Proteção Civil (CREPC), das 16 ERAS de nível Municipal, uma por município, coordenadas pelos respetivos Serviços Municipais de Proteção Civil (SMPC), e da Equipa Tática de Empenhamento de Máquinas de Rasto (ETEMR), operacionalizada por Bombeiros habilitados para o efeito, a qual será, no presente ano, reforçada, garantindo eficiência na coordenação e controlo;
  • Na relação de proximidade com as Juntas de Freguesia, enquanto parceiros fundamentais da estrutura de proteção civil e elementos de ligação às comunidades resisdentes nas áreas mais vulneráveis.

Ao nível das Medidas Operacionais de Antecipação (MOA), nos períodos em que seja declarado, pelo Centro de Coordenação Operacional Nacional, o Estado de Alerta Especial (EAE) do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) para o DECIR, de nível amarelo ou superior, aliado a uma análise decorrente da avaliação diária, da previsão do perigo de incêndio, do histórico das ocorrências, do envolvimento do dispositivo e da situação operacional na Região, será(ão):

  • Antecipadas as ações de vigilância e fiscalização nas zonas historicamente mais vulneráveis aos incêndios rurais;
  • Pré-posicionados meios de ataque inicial (ATI) e/ou ataque ampliado (ATA) e recursos diferenciados, no território, em Locais Estratégicos de Pré-Posicionamento (LEPP), por determinação do Comandante Operacional Distrital (CODIS) e em articulação com o Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil (COREPC);
  • Constituido mais um Grupo de Combate a Incêndios Rurais (GCIR), com recurso ao efetivo mobilizável dos CB;
  • Levadas a cabo ações de sensibilização e informação pública, materializadas pelo patamar municipal da proteção civil, contando com os diferentes atores locais da DFCI;
  • Solicitado ao Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil (CNEPC):

√ o empenhamento de equipas das Forças Armadas (FFAA) para realiação de ações de patrulhamento, vigilância, deteção nas áreas historicamente mais vulneráveis e com maior risco de incêndio rural, em complemento e articulação com os dispositivos de vigilância existentes nos respetivos municípios, assumindo um papel dissuasor importante, colaborando nos programas de sensibilização da população e contribuindo para a deteção precoce de incêndios nascentes;

√ o pré-posicionamento de meios aéreos de asa fixa, no Aerodromo Municipal de Portimão, com vista à realização de ações de vigilância aérea armada. 

Prosseguindo o conceito de ATI, amplamente instituído e materializado por uma intervenção organizada e integrada, com rápida progressão das equipas terrestres, independentemente da sua titularidade e explorando todas as suas capacidades e, de forma a adequar e automatizar a mobilização de meios face à perigosidade de incêndio rural, garantindo uma resposta musculada e consistente, a Sala de Operações e Comunicações (SALOC) do CREPC, sempre que determinado o EAE do SIOPS para o DECIR, independentemente do nível de empenhamento operacional, promoverá um despacho inicial, até 2 (dois) minutos após o alerta, em triangulação de meios terrestres de combate, provenientes dos 3 CB mais próximos do local identificado, combinando 3 Equipas de Combate a Incêndios (ECIN) das referidas unidades e 1 (uma) Equipa Logística de Apoio ao Combate (ELAC) do CB com responsabilidade de atuação primária na respetiva Área de Atuação (AA). Será ainda acionado, em simultâneo, se disponível, o meio aéreo de ATI mais próximo e respetiva equipa helitransportada, ou, sempre que o incêndio se localize numa freguesia prioritária, ou ainda, em zonas de elevado perigo, serão despachados os 2 meios aéreos de ATI mais próximos, para intervenção combinada de mais do que um meio aéreo de ATI. Paralelamente, são acionados pela Equipa de Manutenção e Exploração de Informação Florestal (EMEIF) da GNR, em permanência na SALOC do CREPC, os meios e equipas do dispositivo de vigilância, deteção e primeira intervenção que atuam na respetiva área onde se desenvolve a ocorrência.

Sempre que seja solicitado pelo Comandante das Operações de Socorro (COS) o reforço do ATI, será despachado para o Teatro de Operações (TO), um elemento de Comando do CB. Será ainda mobilizada a Equipa de Planeamento, Operações e Informações (EPOI), para estabelecer no TO a Célula de Operações prevista na evolução para a fase 2 do Sistema de Gestão de Operações (SGO), em antecipação ao empenhamento de uma Equipa de Posto de Comando Operacional (EPCO), em apoio direto ao COS.

DISPONIBILIDADE, EMPENHO, DETERMINAÇÃO e COESÃO, são os compromissos assumidos por todas as mulheres e homens que, abnegadamente, integram o DECIR-2022 Algarve.

E porque a cultura de segurança constrói-se e a Proteção Civil somos TODOS, o Algarve conta com cidadãos mais sensibilizados, o que nos torna consequentemente um destino turístico mais seguro e resiliente.

O esforço de empenhamento do DECIR-2022 na Região do Algarve, integra:DecirAlgarve2022ANEPC

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