- 54% dos pais portugueses revelam que as suas contas estão a aumentar mais rápido que os seus rendimentos;
- 35% dos pais afirmam precisar de pedir condições de pagamento mais longas para honrar compromissos. Uma média superior aos casais sem filhos;
- 66% das famílias já se sentiram pressionadas a gastar dinheiro que não têm com os seus filhos;
Os aumentos previstos nos gastos domésticos estão a colocar uma pressão adicional sobre os pais que já se encontravam sobrecarregados devido ao impacto da pandemia COVID-19. No dia em que se celebra o Dia Internacional da Família, o estudo da Intrum European Consumer Payment Report – ECPR, analisou a forma como as famílias estão a fazer esforços para se prepararem para um futuro financeiro mais forte.
Quando se trata de bem-estar financeiro, os pais estão a sentir muita pressão. De acordo com o ECPR, 65% dos pais inquiridos afirmou que a preocupação com o aumento das despesas está a ter um efeito negativo no seu bem-estar geral – uma percentagem superior do que a verificada nos agregados familiares sem filhos (59%).
Esta é a ponta do iceberg quando se trata da discrepância. Os pais inquiridos (54%) revelaram que as suas contas estão a aumentar mais rapidamente do que os seus rendimentos e 35% afirma ainda que precisam de pedir condições de pagamento mais alargadas, para manter o equilíbrio financeiro e honrar os seus compromissos. Nos casais sem filhos este valor fica-se pelos 25%.
O AUMENTO DAS DESPESAS AMEAÇA AS FINANÇAS FAMILIARES
A situação para os consumidores tem vindo a piorar à medida que as despesas domésticas aumentam. Com os preços da energia a disparar, a inflação em Portugal foi de 7,2% em Abril de 2022, o valor mais alto dos últimos 29 anos.
O estudo da Intrum demonstra ainda que os pais se sentem pressionados a gastar dinheiro que não têm com os seus filhos. Em Portugal, 66% das famílias com filhos já pediram dinheiro emprestado ou utilizaram o seu cartão de crédito para o fazer. A média europeia é de 64%.
OS PAIS ESTÃO A PREPARAR-SE PARA O FUTURO
No entanto, os pais estão a utilizar as suas experiências da pandemia para reavaliar os seus conhecimentos e competências financeiras, ensinando os seus filhos sobre o uso adequado de dinheiro.
“Quase um terço dos pais que estudámos viram a pandemia como uma oportunidade de começar a melhorar as suas finanças para resistir a futuros choques financeiros, como estamos a experienciar neste momento com as consequências da Guerra na Ucrânia”, afirma o Diretor-Geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra. “Com a pandemia COVID-19 e o impacto da guerra, os pais estão a investir mais tempo para ajudar os seus filhos a compreender os termos financeiros e os princípios da gestão financeira” refere Luís Salvaterra.
Entre os inquiridos, 61% afirma falar mais com os seus filhos sobre a importância das finanças domésticas e 68% estão a guardar mais dinheiro como rede de segurança para os seus filhos. A média europeia é de 57% e 56%, respetivamente.
O estudo da Intrum revela ainda que 67% das famílias portuguesas considera essencial alertar os seus filhos para não contraírem dívidas. Valor este superior à média europeia que é de 60%.
Unimagem