Elida Almeida, uma das maiores vozes cabo-verdiana da atualidade, referida por muitos como a líder da nova geração musical do país, anunciou recentemente as primeiras datas de uma vasta digressão mundial, com passagem por vários continentes.
A artista deu início à sua digressão nos Estados Unidos da América, no passado dia 14 de Maio, seguindo-se Cabo Verde, Portugal, Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica, Países Baixos e Suíça, com mais datas a anunciar brevemente.
Elida Almeida, encontra-se em fase de finalização do novo e quarto trabalho de estúdio, “Mulata”, que pretende espelhar precisamente a mistura que este disco apresenta, o encontro de etnias e de diferentes culturas bem patente em cada faixa. Como diz a própria “vamos ter um bocadinho do mundo dentro do Mulata. Um álbum do mundo e para o mundo“, que tem data de edição agendada para o final de outubro deste ano. Conta já com um single de avanço, “Mau Menino”, um tema a duas vozes com Jimmy P, onde Elida Almeida se aventura também em português e desafiou Jimmy P a sair da sua zona de conforto.
Conhecida pela maturidade, talento e generosidade da sua escrita e interpretação, Elida Almeida deu-se a conhecer ao mundo em 2014, depois do produtor José da Silva, responsável pela editora discográfica Lusafrica, casa de nomes grandes da música de Cabo Verde, como Cesária Évora e Mário Lúcio, a descobrir pelos bares da Praia e perceber rapidamente que as suas histórias eram demasiado importantes para não serem ouvidas pelo mundo. Daí até ao estúdio foi um processo de descoberta, onde Elida preciou de ultrapassar o medo e passar os seus dramas para as melodias.
O seu primeiro disco “Ora doci ora margos” foi um sucesso imediato e graças a ele as suas palavras chegam à vida de muitos jovens cabo-verdianos, garantindo-lhe o lugar da “voz da nova geração”. Um feito improvável para uma jovem que aprendeu a cantar numa igreja e que chegou a animar uma emissão de correio sentimental numa pequena rádio da ilha de Maio. Ao registo de estreia sucedem-se mais dois álbuns de originais: “Kebrada” (2017) e “Gerasonobu” (2020).
RR