A sessão “Power of Nanotechnology”, organizada pela ClarkeModet, em conjunto com o MIT (EUA) e a Agência Nacional de Inovação (ANI), contou com a presença da Senhora Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e com vários empresários portugueses, no Museu da Eletricidade.
O início da sessão contou com uma apresentação da ANI sobre o Horizonte Europa, um programa fundamental da UE para o financiamento da investigação e da inovação, no âmbito da nanotecnologia. “A nanotecnologia deixou de ser uma área especifica como era anteriormente, mas é sobretudo uma tecnologia facilitadora, portanto a sua lógica nestas áreas é numa perspetiva de desenvolver as tecnologias ou os materiais necessários a uma escala diferente, mais pequena, e também com diferentes propriedades”, afirmou Sofia Azevedo, International Programmes Manager da ANI.
Como pode esta tecnologia mudar o dia a dia dos cidadãos? O Professor Vladimir Bulovic, diretor do Departamento de Nanotecnologia do Instituto de Tecnologias do Massachusetts (MIT.Nano) foi um dos anfitriões deste evento e referiu alguns exemplos da sua aplicação, nomeadamente na medicina, tecnologias de informação, produção e armazenamento de energia, na ciência de materiais e no setor agroalimentar. Os testes de diagnóstico com filamentos, que contêm materiais que mudam de cor; as etiquetas que alertam os consumidores de fruta em vias de putrefação; ou um revestimento desenvolvido à escala da nanotecnologia para expulsar a água, e que pode ser usado para ajudar a extrair os 10% de ketchup que ficam nas embalagens e garrafas tradicionais, são alguns dos exemplos aplicados no dia a dia de cada um.
“O fecho de correr conhecido como zipper levou 12 anos entre comercialização e atribuição de patente. Não há ainda mercado para a eletrónica invisível. Para desenvolver uma nova ideia na área da tecnologia poderão ser necessários 100 milhões de euros e 10 anos de espera, se não existir uma fábrica de chips disponível”, salientou o Professor Vladimir Bulovic.
A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destacou o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, em Braga, como o centro de referência em Portugal nesta área, mas sublinhou que “é preciso cada vez mais que os cientistas trabalhem todos juntos, especialmente agora que estamos a lidar com problemas que podem ir do cancro às alterações climáticas. Temos que criar equipas multidisciplinares para resolver estes problemas complexos. E por isso é que eu acho que a nanotecnologia é o presente, mas também o futuro, para conseguir resolver parte destes problemas”.
Maria Cruz Garcia, Diretora Geral e de Desenvolvimento de Negócio da Clarkemodet, realçou a importância da realização deste tipo de eventos, “não só pela partilha de novos conhecimentos e consolidação dos que já existem, mas também para encontrar os parceiros certos e compreender as necessidades reais de pessoas inovadoras e criativas, e encontrar as melhores soluções que a Propriedade Intelectual oferece. A ClarkeModet é um verdadeiro parceiro de inovação dos seus clientes e, nessa medida, está comprometida em abrir cada vez mais horizontes: proteção de direitos de PI em blockchain, nanotecnologia e metaverso são temas para os quais tem respostas e soluções.”
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