Os empresários que fazem parte dos grupos algarvios do Business Networking International (BNI Algarve) – 6 existentes e 1 em desenvolvimento – voltam a juntaram-se numa campanha de divulgação do número nacional de emergência para apoio às vítimas de violência doméstica.
Esta é uma ação de campanha no âmbito do Dia Internacional da Luta Contra a Violência que se celebra a 25 de Novembro.
O primeiro lançamento desta campanha teve lugar em 2019 e tem-se repetido anualmente com o simples objetivo de não deixar cair em esquecimento esta data ou o tema em si.
Os cerca de 150 empresários do BNI Algarve irão partilhar nas suas redes sociais o nº 800 202 148 e informação útil de apoio às vítimas deste crime público.
Os dados trimestrais de crimes de violência doméstica – 3.º Trimestre de 2022, publicados a 26 de Outubro deste ano, podem ser consultados no Portal da Violência Doméstica, o qual revela os indicadores estatísticos relativos aos crimes cometidos em contexto de violência doméstica e homicídios voluntários no mesmo contexto, respeitantes ao período de julho a setembro de 2022.
Relativamente aos acolhimentos na RNAVVD (Rede Nacional de Apoio às Vitimas de Violência Domestica), estão nesta situação 1.577 pessoas. Destas, 54.1% são mulheres, 44.8% são crianças e 1,0% são homens.
Foram realizados transportes de 502 vítimas e foram aplicadas 4314 medidas de proteção por teleassistência no âmbito do crime de violência doméstica. Foram participadas 8.887 ocorrências à PSP e GNR. Neste período foram aplicadas 989 medidas de coação no âmbito do crime de Violência Doméstica e estão integradas em programas para agressores 3.055 pessoas. Registaram-se 4 vítimas de homicídio em contexto de Violência Doméstica.
Desde o início do ano de 2022, até 30 de setembro, registam-se 21 vítimas (20 mulheres e 1 criança).
Orlando Caixeirinho, diretor executivo do BNI Algarve, reitera «é muito importante e necessária a divulgação do número nacional de apoio às vítimas de violência doméstica, uma tarefa da qual ninguém se deve demitir e pela qual todos devem pugnar, pois o número é nacional, gratuito, confidencial e a ele todos podem recorrer – homens, mulheres, jovens, crianças e idosos. Sabemos que há muitas formas de violência sobre as pessoas, mas é preocupante que os números de homicídios sempre em crescente seja o das mulheres. Num cenário de aumento de desemprego e de deterioração do tecido social os casos de violência doméstica aumentam, não só, sobre as mulheres, crianças, jovens, idosos, mas também, sobre homens, estes últimos menos falados e denunciados, mas não menos reais. Também neste cenário de pandemia e de confinamentos sucessivos, quando se tem 90% de certeza de que se vai ser violentado(a), violado(a), batido(a), maltratado(a) seja a nível físico ou psicológico o vislumbre de liberdade que as ruas preconizam leva necessariamente a um aumento da situação de sem-abrigo, porquanto nestes cenários dantescos a ameaça de viver na rua parece um mal menor».
O diretor executivo do BNI Algarve coloca a tónica de que «a violência doméstica é um crime público, pelo que qualquer um pode fazer a denúncia, neste sentido a mensagem que o BNI está a distribuir apresenta, de forma sucinta, os passos a serem dados para que a denúncia seja efetuada de forma adequada».
BNI-Algarve