A Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros, APROSE, pede o fim da recusa de apólices contra riscos sísmicos, por parte das seguradoras.
A APROSE adianta que em Portugal é praticamente impossível segurar imóveis anteriores a 1950 contra este tipo de fenómenos, deixando, assim, grande parte do edificado desprotegido em caso de danos sísmicos. Para além disso, estas coberturas são facultativas e nas zonas de maior risco sísmico são financeiramente desincentivadoras.
Os recentes sismos, que devastaram territórios do sul da Turquia e da Síria, levam a Associação a reiterar a absoluta necessidade de passar a ser obrigatório incluir a cobertura contra riscos sísmicos nas apólices de Seguros Multirriscos para a habitação.
David Pereira, presidente da Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros, defende que “a questão sismológica em Portugal é abordada sempre que há um grande terramoto, mas não é extraída qualquer conclusão destes alertas. Não é aceitável que o país, com os mediadores, seguradoras, reguladores e legisladores, não prepare legislação e soluções concretas que permitam, de uma vez por todas, proteger a totalidade do edificado habitacional do País.” O responsável da APROSE acrescenta que “atualmente o sistema não protege de forma igual todos os portugueses, uma vez que estão segmentados por regiões sísmicas. Enquanto uns têm acesso a proteção, outros, apenas por viverem em regiões mais sensíveis do ponto de vista sismológico, não têm acesso a seguro que proteja o seu património.
É urgente e crítico colocar fim a esta discriminação, que deixa tantos portugueses desprotegidos”.
SS