Fernando Tordo convidou Jorge Palma, Picas e Ricardo Ribeiro para comemorar os 50 anos da mítica canção ‘Tourada’, no dia 26 de Fevereiro de 2023, domingo às 21h00, no Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa.
O músico de ‘Deixa-me Rir’, a jovem artista revelação de ‘Orquídeas’ e o fadista lisboeta juntam-se à festa, para celebrar uma das mais importantes composições na história da música portuguesa, 5 décadas após ter vencido o Festival da Canção, a 26 de Fevereiro de 1973, no Tivoli BBVA, em Lisboa.
“Era uma vez 1973. Um país fechado e pobre, entristecido na perseguição e na censura, na guerra e no atraso ancestral. E uma noite, uma canção. ‘Tourada’. 26 de Fevereiro de 1973. Foi uma vez, há 50 anos. Vamos celebrar?”, convida Fernando Tordo.
No início dos anos 70 do século passado Portugal era um país oprimido e em plena ditadura. A sociedade em geral e sobretudo as várias formas de arte viviam o período mais difícil da nossa história, por conta da opressão da censura. A 26 de Fevereiro de 1973, Fernando Tordo subia ao palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa, para apresentar pela primeira vez ao vivo a canção ‘Tourada’. Com música da sua autoria, letra do lendário Ary dos Santos e orquestração de Pedro Osório, o tema era um dos candidatos ao X Grande Prémio TV da Canção Portuguesa, hoje conhecido como Festival da Canção, que tinha como propósito eleger a música que iria representar Portugal na Eurovisão. O tema acabou por se sagrar vencedor do certame. Mas, na altura, letrista, orquestrador, compositor e intérprete estavam longe de imaginar a “revolução” que ‘Tourada’ iria gerar e o marco cultural em que se iria transformar, algo que se mantém até aos dias de hoje, cinco décadas volvidas.
Escrita no final de 1972, ‘Tourada’ tem uma letra bem mais profunda e necessária no Portugal de então, longe de ser uma “simples” canção de teor satírico/tauromáquico, mas cuja real mensagem a censura vigente na época não conseguiu entender. A música passou incólume pelo chamado “lápis azul” e só depois da vitória no festival gerou polémica, após se perceber que era claramente uma metáfora, uma crítica acutilante ao regime político e social vigentes e ao snobismo e hipocrisia da sociedade, em que se comparava o ambiente da tourada à decrépita postura ditatorial do Estado Novo.
Bilhetes à venda na Ticketline e nos restantes locais habituais.
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