Tempo de Crónicas | Casas Apartamentos

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Contamos que assim seja, casas e apartamentos dos emigrantes não se lhe toca, são de gente que tem trabalhado arranjado dinheiros fora de Portugal, e para lá enviando economias para construir uma fundação onde se erguem paredes, com suas divisões, varanda, telhados e vistosas chaminés. No meu caso numa frente arranjou-se natureza, cresceu e de certo modo símboliza esperanças.

É natural que nem todos emigrantes, se dispõem ou disponibilizaram-se para tratar da papelada para edificar. Compram a obra já feita, ou estão a fazer, por vezes poderá só estar no plano. Para min não foi assim, dei passos para a documentação, e durante meses fui o servente dos pedreiros que nem sempre concordaram de todo com a forma da casa. Desenho meu, e que o arquiteto lá amanhou devidamente a seu jeito na cidade de Faro.

Quando estou no Algarve, é lugar de conforto, e nas partidas para a América, no adeus diria um acenar de lenço até à próxima casa portuguesa, há anos a dona deixou-se lacrimar naquele momento. A propósito direi que viajar de um lado para o outro parece nunca mais acabar.

Resolvi falar um pouco acerca de habitação, e porque na difusão de notícias que nos chegam com rapidez das nossas terras lusas, não são de todo agradáveis. Não sou especialista para relatar coisas do AL habitacional, social ou público. Algum controlo tem de haver, e convém não esquecer que nem toda a gente tem capacidade para comprar ou cuidar duma habitação, enquanto outras pessoas estando no seu direito, nem pensar em paredes suas, quanto mais nas despesas da casa ou ser proprietário num imóvel.

Ireneu Vidal da Fonseca, Massachusetts, EUA

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