A Procuradora da República na unidade de Olhão do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), apresentou a primeiro interrogatório Judicial de arguido detido, duas mulheres, uma de 67 anos, estrangeira, e outra de 40 anos, portuguesa, indiciadas pelos crimes de usurpação de funções, burla qualificada e ofensa à integridade física qualificada.
Desde janeiro de 2019, na cidade de Olhão, as detidas abriram um estabelecimento comercial que designaram por “clinica”, o qual publicitaram nas redes sociais como oferecendo tratamento para doenças do foro psicológico, psiquiátrico e cancro.
Na publicidade era designada pela “A Clínica da Nova Medicina e Homeopatia” e especificavam que “Aqui protegemos e Curamos Crianças, Adultos e Animais”; “Aqui nós curamos a Alma e o Corpo”; “Hipnoterapia, Psicologia, Homeopatia. Especialidades: “Cancro”, “Ansiedade”, “Depressão”, “Ter sucesso na vida”, “Como encontrar o amor verdadeiro” e “Homeopatia Médica Alternativa”.
A detida estrangeira designava-se por “Dra.” e auxiliada pela detida portuguesa vendia aos doentes: comprimidos coloridos, clisteres e saquetas contendo um granulado. Os tratamentos consistiam em colocar fios no corpo do paciente e projetar num ecrã imagens do corpo humano e figuras geométricas de cor vermelha.
A investigação prossegue para determinar a composição dos produtos que eram vendidos e o número concreto de pessoas enganadas.
A investigação criminal esteve a cargo da Polícia Judiciária que efetuou as detenções com mandados emitidos pela Procuradora da República.
As arguidas, de uma forma geral, ficaram impedida de qualquer contacto com o exercício da atividade pela qual foram detidas e apresentações periódicas à autoridade policial da área de residência.
TJ Faro