A exposição “Práticas Situadas” da plataforma Origem Comum inaugura no próximo dia 31 de março, sexta-feira, pelas 18h00, no Palácio Gama Lobo, em Loulé. Estará patente ao público até 17 de junho e, até lá, irá receber uma residência artística da designer e artesã Evey Kwong, bem como uma conversa com o realizador Jorge Murteira e convidados.
Ao longo dos últimos anos, a plataforma Origem Comum colaborou com vários artesãos e parceiros para revisitar tecnologias, formas e modelos ancestrais. Aplicando e repensando o conhecimento vernacular próprio de cada lugar, esta colaboração resultou numa coleção de objetos utilitários simples, destinados à nossa vida quotidiana.
A exposição apresenta objetos desenvolvidos maioritariamente com a Casa da Empreita e a Oficina de Caldeireiros do Loulé Criativo. Estas peças funcionais feitas em palma, cobre, cortiça e cana são mostradas lado-a-lado com uma série de curtos filmes que oferecem uma perspetiva única e crítica da visão dos artesãos sobre a sua arte e a sua filosofia de trabalho e vida.
Em maio e junho, a exposição será enriquecida por dois eventos paralelos. Primeiro, uma conversa sobre os documentários da Origem Comum com o cineasta Jorge Murteira e convidados (data a confirmar), e, em seguida, uma residência artística com Evey Kwong (futurprimitv), designer, investigadora e artesã baseada em Berlim, que dedica o seu tempo a aprender sobre os ofícios tradicionais
Com a apresentação deste projeto fora dos centros urbanos maiores, pretende[1]se devolver a discussão sobre cultura material do quotidiano aos meios onde continuam a ser criados produtos em harmonia com o ambiente e a cultura local. Desta forma, abre-se um espaço para a recontextualização, envolvimento e crítica do saber-fazer vernacular, para que as práticas artesanais integrem a discussão global de alguns dos temas mais pertinentes do nosso tempo: produção sustentável, comércio justo e consumo responsável, mas também o respeito pelo clima e pelo bem-estar em comunidade.
A Origem Comum é uma plataforma sem fins lucrativos que se dedica a investigar, desenvolver, promover e comercializar objetos feitos à mão. Ao explorar o espaço contemporâneo para o conhecimento vernacular, coloca as práticas e artefactos artesanais no centro de uma discussão global sobre produção sustentável, comércio justo e consumo responsável. A Origem Comum trabalha lado-a-lado com artesãos, investigadores, utilizadores e instituições públicas e privadas, operando em quatro áreas diferentes, que se cruzam entre si: observatório, estúdio, workshop e loja.
CM Loulé