Observador Cetelem | Portugueses escolhem Produtos Low-cost

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  • Apenas 8% dos portugueses consideram que consumir low-cost é embaraçoso.
  • 51% dos portugueses consideram que a alternativa low-cost está bem estabelecida no país.
  • Avaliação média de satisfação com produtos e serviços low-cost em Portugal é de 6,8 pontos em 10.

A alternativa low-cost está a ganhar terreno no mercado nacional e europeu. Em Portugal, segundo o Observador Cetelem Consumo Low-cost 2023, além de 41% dos que compram estes produtos e serviços o fazerem principalmente por necessidade, 59% dizem também escolher low-cost por opção (vs. 55% a nível europeu). Para 25% dos europeus, um dos principais motivos para o aumento do consumo desta alternativa deve-se à boa relação entre a qualidade e o preço, aliada ao facto de satisfazer as suas necessidades, o que muitas vezes não lhes deixa margem para dúvidas na hora da compra.

Existem, no entanto, diferenças entre países europeus quando se trata de optar por um produto ou serviço low-cost.Na Hungria (58%), Polónia (54%) e Roménia (52%), o consumo low-cost é visto como uma necessidade pela maioria dos inquiridos, enquanto na Suécia (64%), França (59%) e Espanha (59%) como uma uma opção de compra inteligente.

Ainda assim, apesar de cada vez mais agregados familiares com rendimentos mais elevados na Europa indicarem que escolhem produtos low-cost com o objetivo de pouparem para poderem gastar noutras compras (41%), a ideia de que o consumo low-cost é algo “embaraçoso” e reservado apenas a quem tem menor poder de compra permanece especialmente notória nas economias mais desenvolvidas – é o caso de países como Alemanha, Reino Unido, Bélgica e França, onde pelo menos 30% dos inquiridos têm esta opinião. Apenas 8% dos consumidores em Portugal partilham esta opinião, em comparação com uma média europeia de 26%.  

E o que entendem, afinal, os europeus por low-cost? Portugueses, espanhóis e italianos são os que dizem compreender melhor o conceito.

Apesar de 9 em cada 10 europeus estarem familiarizados com o conceito low-cost, na prática, só 55% dos europeus indicam saber o significado da alternativa nas suas rotinas. Conceptualmente, o low-cost é um modelo económico que visa reduzir significativamente os preços, permitindo uma redução de pelo menos 25%, em comparação com a distribuição tradicional. Os europeus aparentam estar informados, pelo menos, desta característica essencial, associando a alternativa low-cost a termos como “preço baixo”, “melhor preço” ou promoção”, o que leva muitos a pesarem mais estas vantagens, desvalorizando conotações negativas como “pouca qualidade”, “produtos sem marca” e “produtos reduzidos ao essencial”.

81% dos portugueses compreendem o que o conceito low-cost significa, a par deEspanha (82%) e Itália (80%). Já na Polónia (21%) e Áustria (25%), esta alternativa ainda carece de alguma compreensão. Com um sentimento de preocupação face ao declínio do poder de compra, o consumo low-cost apresenta-se como uma alternativa cada vez mais aceite pelos consumidores para resistir às dificuldades económicas provenientes da inflação galopante.

A perceção de desenvolvimento do low-cost em Portugal e na Europa

Aos olhos dos portugueses, o mercado low-cost no país está bem estabelecido e apresenta uma imagem satisfatória, com uma avaliação média de 6,8 pontos em 10 (vs 6,5 em média europeia). No panorama europeu, os austríacos (5,8 pontos) são os mais céticos em relação a esta alternativa de consumo, ao contrário dos romenos (7,3).

51% dos portugueses entendem que o mercado low-cost está bem desenvolvido no país (vs 60% a nível europeu). Por outro lado, apenas 11% dos europeus consideram que esta alternativa está muito bem desenvolvida, o que deixa o setor com uma considerável margem para aumentar a visibilidade e peso económico. Esta tendência verifica-se de forma mais acentuada no Norte da Europa e na Europa Ocidental, com 70% dos consumidores da Suécia, Reino Unido e França a considerar o mercado muito bem desenvolvido.

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