Cancro de Pulmão, é o tipo de cancro que mais mata no nosso país: o cancro do pulmão. Ainda assim, até agora, continua por se implementar o rastreio à doença, mesmo apesar de a medida já ter estado prevista em sede de orçamento do Estado para 2024, com o anterior governo.
Para Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale, Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, “é urgente que o executivo, na pessoa da senhora Ministra da Saúde, avance com o alargamento dos rastreios de base populacional, no qual se prevê que o do pulmão também esteja incluído, uma vez que se trata da única ferramenta capaz de fazer aumentar a taxa de sobrevivência em mais de 20%. Este é o cancro que mais mata em Portugal. E, apesar de não ser uma patologia exclusiva de fumadores ou não fumadores, a maioria dos diagnósticos ocorre neste grupo de pessoas.”
Portugal é dos poucos países da União Europeia que continua sem iniciar este rastreio, não havendo qualquer projecto piloto no terreno. No nosso país são registados mais de 5200 novos casos de cancro do pulmão, por ano. A maioria é detectada numa fase avançada da doença, o que compromete o seu prognóstico acarretando, ainda, elevados custos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O rastreio afigura-se, assim, para futuros doentes, como a única luz no fundo do túnel, já que aumenta em mais de 20% a possibilidade de debelar este cancro. Para promover a sensibilização para esta luta que a Pulmonale trava há mais de dois anos, decorrerá na Estação de Metro da Trindade, no Porto, no próximo dia 14, entre as 10 e as 19 horas, uma ação que leva como mote “Ajude-nos a acender esta luz”. O objectivo é envolver a população na urgência da implementação do rastreio.