A relação dos cidadãos com os serviços da administração pública está a evoluir, em grande parte devido à implementação de soluções tecnológicas que visam a melhoria de processos. Segundo o e-Government Benchmark, Portugal encontra-se na linha da frente a nível europeu em matéria de e-government e o caminho tem sido feito no sentido de tornar estes serviços públicos, essenciais ao dia a dia de cidadãos e empresas, menos burocráticos, mais rápidos e mais seguros.
Segundo Rui Cruz, CEO da Opensoft, “como especialistas tecnológicos de transformação digital, a Opensoft assume o compromisso de contribuir ativamente para uma mudança estratégica de e-government. Esta missão de digitalizar os serviços da administração pública, alinha-se com a vontade de colocar o progresso tecnológico ao serviço do cidadão comum.”
Nesse sentido, a Opensoft destaca quatro tendências de e-government que estão a transformar a Administração Pública portuguesa:
1 I Identidade Digital
O aperfeiçoamento da relação digital entre o cidadão e o Estado obriga à construção de uma identidade digital, sendo que ambos devem familiarizar-se com a crescente necessidade de fornecimento e armazenamento de dados de autenticação. Atualmente, o cidadão português pode construir essa identidade e garantir o acesso a plataformas como o Portal das Finanças ou da Segurança Social, através de múltiplas formas de autenticação, como os dados do Cartão de Cidadão ou a Chave Móvel Digital (CMD). Uma identidade digital robusta, criada a partir do cruzamento de dados, será um fator determinante para a agilização dos serviços públicos. Além fronteiras, a Opensoft foi responsável pela implementação da Chave Móvel Digital em Cabo Verde.
2 I Acessibilidade
A simples digitalização dos serviços já não é suficiente; é também necessário centrar a experiência de utilização no desenvolvimento de todas as soluções. Nesse sentido, o design human centric é especialmente importante no desenvolvimento de soluções para a administração pública, de forma a garantir que, neste novo paradigma de e-government, o cidadão comum tenha acesso a funcionalidades intuitivas e de fácil interação. Assim, responder às necessidades do cidadão comum, utilizador relativamente recente destas novas plataformas, deve continuar a ser prioridade para os agentes responsáveis pela criação destas soluções tecnológicas e plataformas.
3 I Inteligência Artificial
Também a Inteligência Artificial deve ser colocada ao serviço de iniciativas de e-government. Segundo a Opensoft, a aplicação desta tecnologia pode ser relevante na automatização de vários processos, ligados à apreensão e preenchimento de documentos, tornando os processos burocráticos, desde o atendimento ao público à gestão de dados, mais eficientes. O cidadão passará cada vez mais a beneficiar de verificações automatizadas que incentivam à realização das suas obrigações no prazo previsto, evitando multas desnecessárias. Por outro lado, esta análise preditiva, feita através do processamento de grandes volumes de dados para identificar tendências, pode ser aplicada à evasão fiscal, aos pedidos de prestações sociais e à análise aprofundada dos contratos públicos.
4 I Credibilidade e Transparência
A transparência continua a ser uma forma crucial de aumentar a credibilidade do Estado: uma estratégia robusta de e-government pode contribuir significativamente para aproximar os serviços do Estado do cidadão e aprofundar a confiança mútua. A criação de portais públicos digitais será cada vez mais uma ferramenta utilizada pelos Estados para que as suas políticas, medidas e dados sejam acessíveis e passíveis de serem escrutinados por todos os cidadãos. Para além disso, as estratégias de e-government são também um apelo à participação ativa dos cidadãos, que passam a ser convidados a deixar o seu feedback ou a fazer sugestões de políticas públicas.
“Em 2025, continuaremos a apoiar iniciativas de transformação que aproximem os serviços da administração pública aos cidadãos e empresas”, sublinha o responsável.
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