Ténis | Frederico Silva e Gastão Elias nas meias-finais em Vila Real de Santo António

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Gastão Elias e Frederico Silva qualificaram-se hoje (sexta-feira) para as meias-finais do 5.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António, o torneio da categoria M25, de 30 mil dólares (quase 29 mil euros) em prémios monetários, que decorre no Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António.

Nos quartos de final de hoje, Gastão Elias, o 8.º cabeça de série, derrotou o seu amigo de longa data, o eslovaco Martin Klizan, o 4.º pré-designado, por 6-1 e 7-5, enquanto Frederico Silva, o 2.º cabeça de série, bateu o russo residente em Espanha, Ivan Gakhov, o 5.º jogador do torneio, por 2-6, 6-1 e 6-4.

E se os dois portugueses mediram forças hoje com dois esquerdinos que conhecem bem – pois Elias dispõe agora de uma vantagem de duas vitórias e uma derrota com Klizan e Silva venceu finalmente Gakhov, após dois desaires seguidos com ele –, pelo contrário, nas meias-finais de amanhã irão defrontar pela primeira vez esses adversários.

As meias-finais irão iniciar-se às 11h00 de amanhã (Sábado), exclusivamente entre cabeças de série. Logo a abrir a jornada, Gastão Elias joga com o austríaco Sandro Kopp, o 7.º tenista do torneio, que hoje vergou o espanhol Tomás Curras, o único não cabeça de série nos quartos de final, por 6-4 e 7-6 (7/1). Depois, será a vez de Fred Silva enfrentar o romeno Cezar Cretu, o 6.º cabeça de série, que hoje deixou pelo caminho o croata Mili Poljicak, o 3.º pré-designado, por 6-2 e 6-1.

Os quartos de final de hoje que envolveram os dois jogadores portugueses foram espetaculares, com pontos de eleição.

Claro que não surpreendeu no primeiro encontro, pois Gastão Elias, ex-57.º do ATP Tour e vencedor de 10 challengers, e o eslovaco Martin Klizan, um antigo 24.º do ranking mundial e campeão de seis títulos do ATP Tour, são jogadores com um passado notável. E havia uma
dimensão pessoal envolvida. Klizan enviou uma mensagem escrita ontem a Elias, ao saber que seriam adversários e a amigável troca de palavras entre ambos antes do sorteio estava repleta de bom humor. Jogadores com 35 e 34 anos, que jogam «desde os 12 ou 14 anos», segundo Klizan.

«Foi um encontro especial, conhecemo-nos há mais de 20 anos. A jogar em casa, senti-me bem, vinha de duas boas vitórias. Contra um amigo, dentro do campo, deixamos essas coisas de fora e consegui fazer isso bem. (…) Foi um encontro com algumas coisas taticamente interessantes por detrás. A chave foi ter começado muito bem, muito sólido, pouquíssimos erros no primeiro set, e isso fez com que ele começasse a ficar desconfortável e a fazer erros atrás de erros, mais mérito meu do que demérito dele. Ele joga muito na base dos winners e eu não estava a deixá-lo ter essa abertura», comentou Gastão Elias, jogador da Lourinhã.

Com Frederico Silva aconteceu o contrário, pois entrou francamente abaixo do que vinha fazendo, talvez por o russo Ivan Gakhov, ter um serviço muito mais chapado e substancialmente mais rápido do que os seus dois adversários da primeira ronda (Daniel Batista e Pedro Araújo). O campeão nacional levou tempo a calibrar a sua resposta ao serviço. Por outro lado, percebeuse que hoje estava a jogar com menor margem de erro sobre a rede, não apostando tanto no forte ‘top-spin’ como nas rondas anteriores. Depois de adaptar-se a esses ajustamentos, foi notável a pujança física com que enfrentou um terceiro set diabólico, num encontro de 2h16, salvando um ‘break-point’ a 4-4, antes de fazer o ‘break’ decisivo para o 6-4 final.

«Ali é o limite. Um jogo muito longo, tive vários pontos de jogo, salvei aquele ponto de ‘break’. Se perdesse aquele jogo e ele servisse para fechar, a história poderia ter sido diferente, mas aguentei bem o meu serviço (…) e, no jogo de resposta, respondi bastante bem, consegui
manter-me por cima do ponto, o que nem sempre é fácil quando ele está a servir. Ali pesa. (…), não converteu a oportunidade que foi-lhe dada para fazer o ‘break’ e quando foi servir, tentei dar-lhe o máximo de bolas possíveis, na esperança de que estivesse ainda com a cabeça um quente daquele jogo e cometesse alguns erros», salientou o jogador das Caldas da Rainha, que treina no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis (FPT).

O 5.º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António conta para o ranking mundial do ATP Tour, e é organizado pelo Clube de Ténis de Vila Real de Santo António, com o apoio da Câmara Municipal (CMVRSA) e da FPT.

FPT VRSA