O Oxímoro é um Festival de Literatura Independente que visa ser plataforma para autores, editoras e projectos literários com pouca visibilidade mas nem por isso com pouco valor, que não encontram espaço nos eventos cuja programação segue as métricas de vendas e de popularidade. Chamando a si a vontade de construir um espaço colectivo e de pensamento comunitário cultural, a Associação de Activismo Cultural Ermo, em parceria com a Câmara Municipal de Loulé e com a Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner e com o apoio da Junta de Freguesia de São Clemente, criou o Oxímoro como forma de mostrar projectos literários, supraliterários, extraliterários e literalmente literários num mesmo lugar. Acontecerá paralelamente à programação, o Mercado do Livro Independente, onde estarão presentes as seguintes editoras: Snob; Antítese; Barricada de Livros; Bestiário; Barco Bêbado; BCF Editores; CISMA; Cutelo; DeStrauss; Dois Dias; Edições do Saguão; Flan de Tal; Letra Livre; Maldoror; Utopia & Conhecimento; VS.; Alfarrábio; Cornuda Radiante; Tigre de Papel; Chili Com Carne; Editorial Divergência; Edições Trebaruna; Edições Verbi Gratia; Ludovitae; Bons Ventos; Flying Umbrela; Elefante Editores; Visgarolho; Kingpin; Zéfiro; Antígona; Orfeu Negro; Trinta por Uma Linha; Virgula de Interrogação; Barca Editora e as editoras algarvias Traça, Espúria e Epopeia, além de autores auto-publicadosMais informações |
Decorrendo no espaço da Biblioteca Municipal de Loulé, o Oximoro terá início no dia 2 de Maio, sexta-feira, às 18h com a presença do Presidente da Câmara de Loulé Vitor Aleixo, da Directora Dália Paulo e da Associação Ermo. Às 18h30, começarão as actividades com Uma Boiada Em Toada do poeta brasileiro Maurício Vieira, jardineiro de palavras, autor dos livros de poesia Manual Onírico de Jardinagem, As Mão Vazias, do romance A Árvore Oca e do infantil ilustrado Floresta. editor da revista Arvoressências. Logo de seguida, às 19h, a poeta e artista plástica Elisa Scarpa trará a performance, O Elogio da Divergência, baseada no seu livro com o mesmo nome. Às 20h45, Grand Wreck leva ao palco sua fusão enérgica de country, punk e indie, em formato acústico. com inspiração em The Lemonheads, Dinosaur Jr., Uncle Tupelo e Paul Westerberg. Criado como um projecto a solo por Fernando Chovich, natural de São Paulo, que atualmente toca nos The Youths e tem passagens por diversas bandas de hardcore punk da cena paulistana, como B.U.S.H., No Violence e Lambda Lambda Lambda, Grand Wreck é visceral, mas também melódico, combinando intensidade com harmonias. Às 21h30, Cobramor, autor, editor na Traça, tradutor de nomes como Hemingway, Patti Smith, Gary Snyder ou Kae Tempest e explorador sonoro apresenta uma performance Drone Spoken Punk improvisada com base no seu último livro A Boca Cheia de Cadáveres, com artistas convidados. No dia 3 de Maio, as actividades começarão logo pelas 11h com o workshop infantil Quem Conta Um Conto, de Carla Moreira, poeta e actriz, onde os participantes poderão aprender a acrescentar pontos aos contos que tão bem conhecemos. Às 12h, o ilustrador, designer e cartoonista Hugo Vieira da Silva ministrará, também para os mais novos, o workshop de BD Abranda Desenhada, em que ensinará a elaborar banda desenhada com o corpo todo. Pelas 14h, Martim Santos aka Lágrima, apresentará mais uma das suas habituais sessões de Poetry Slam com convidados e microfone aberto. Às 15h, o autor de BD e crítico musical José Carlos Fernandos promoverá o debate A irrelevância da crítica cultural nas redes sociais e às 16h, o colectivo Espúria apresentará a sua mais recente edição com uma performance colectiva. Às 17h, Salvador Santos, autor Louletano e cronista no Jornal do Algarve moderará o debate A Morte da Poesia, com Cobramor, o poeta António das Dores e Maria Joana Almeida, professora, autora, cronista e Co-editora da Elefante Editores. Às 18h chega a electrónica eclética do Albufeirense Glassa Forbida, cercada de batidas e samples na direcção da literatura distópica. Às 19h, com a curadoria da ARCM de Faro em resposta ao desafio da Ermo, o colectivo rotativo de música improvisada NEM apresentará a sua interpretação sonora do poema Olvida de Camilo Pessanha. Pelas 21h entrará em cena Shela, (Paus, Riding Pânico, If Lucy Fell) com a sua interpretação sonora de Oh Yes de Charles Bukowski, desafio Ermo via curadoria Vencidos da Vida. Finalmente às 22h, será a vez de Evaya, produtora musical, compositora, e cantora portuguesa, natural de Poceirão. A linguagem musical de Evaya explora sobretudo géneros da pop alternativa, recorrendo a ferramentas da electrónica dançante e experimental, servindo temas sobre as leis da natureza – a intemporalidade e informidade do ser e os aspetos místicos das nossas emoções. Em palco a artista apresentará o disco “Abaixo Das Raízes Deste Jardim” numa experiência que promete transportar o público para um universo sonoro diferente, onírico e envolvente. |