Questão Repetida promove a sua IV exposição fotográfica do Ciclo TRECHOS para assinalar o centenário da chegada do comboio a Lagos e procurando alertar para a falta de mobilidade atual deste serviço público. O Ciclo Trechos será composto por duas exposições, uma que estará patente no recinto da Arte Doce de 27 a 31 de julho e de 1 agosto a 31 dezembro no Anel Verde. A segunda exposição pode ser visitada nas paredes traseiras dos Edifícios de Apoio da DocaPesca de 29 de julho a 31 de dezembro.
Questão Repetida associa-se às comemorações do centenário da chegada do comboio a Lagos, com a exposição de Arte Urbana-Fotografia Trechos, um projeto composto pelo projeto No Fim Da Linha de autoria de Telma Veríssimo e pelo projeto Pouca Terra, Pouca Terra…, de autoria de Andrea Inocêncio.
No Fim Da Linha será inaugurada no próximo dia 27 de julho na Feira Doce, onde estará patente até dia 31. De 1 de agosto a 31 de dezembro, poderá ser visitada no Anel Verde. Aliada às celebrações do “Centenário da Chegada do Comboio a Lagos”, é um projeto fotográfico documental que irá refletir sobre as realidades divergentes da Estação de Lagos e zona envolvente, passados 100 anos da chegada do comboio. A chegada das primeiras carruagens trouxe a promessa de desenvolvimento e prosperidade local, mas, agora, a Estação já não é a mesma.
Pouca Terra, Pouca Terra… será inaugurada no dia 29 de julho e estará exposta na parede traseira do Edifício da DocaPesca até dia 31 de dezembro. Projeto que aborda a problemática da deslocação de comboio até Lagos através de uma série de fotografias encenadas. Os avós maternos da autora eram algarvios, o que a expôs à questão do uso de transportes públicos para chegar ao Algarve: como encontrar a forma de viajar mais rápida, confortável e económica.
O objetivo principal dos Trechos é, através da fotografia como instrumento de reconstrução histórica e cultural, construir e simultaneamente recuperar uma memória, através do confronto de um passado de esperança e modernidade, à vulgarização e esquecimento.
Com o projeto Trechos pretende-se analisar o impacto da chegada do comboio a uma zona extremamente isolada e rural e observar a transformação de um século. A linha do Algarve foi sempre tão importante para a região, mas, em simultâneo, tão esquecida dos interesses da população que serve, proporciona uma das mais bonitas viagens que se pode fazer pela região, longe das atrações turísticas e traça uma fronteira de um Algarve de profundos contrastes. O projeto propõe, por isso, ligar a linha do Algarve à sua população, particularmente à população de Lagos.
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